Na mesma semana em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que “se o cara é corintiano, tudo bem [cometer violência doméstica]”, a Polícia Civil finalizou o inquérito que investigava se Luís Cláudio Lula da Silva, filho do presidente, agrediu sua ex-companheira, a médica Natália Schincariol. A conclusão foi de que não havia evidências suficientes para indiciar Luís Cláudio por lesão corporal ou violência psicológica.
O relatório do inquérito foi enviado ao Ministério Público de São Paulo, conforme informou a Secretaria de Segurança Pública do Estado.
Em abril, Natália registrou um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher de São Paulo contra Luís Cláudio, alegando ter sido agredida com uma cotovelada durante uma briga em janeiro. Ela também acusou Luís Cláudio de agressões verbais, morais e psicológicas.
De acordo com o boletim, Natália precisou se afastar do trabalho por um mês devido às agressões e chegou a ser hospitalizada por crises de ansiedade. Ela relatou que era frequentemente alvo de ofensas, sendo chamada de “vagabunda, gorda, feia e doente mental”. Luís Cláudio negou as acusações e alegou que sua ex-mulher estava praticando “calúnia, injúria e difamação”.
Natália também afirmou que estava em uma união estável com Luís Cláudio há dois anos e que ele teria usado sua influência política para ameaçá-la, dizendo: “Meu pai vai me proteger e você vai sair perdendo, eu vou acabar com sua alma. Vou dizer a todos que você é uma insana, ninguém irá acreditar em você.”
Além disso, Natália solicitou uma medida protetiva contra Luís Cláudio, que resultou na ordem de que ele deixasse o apartamento onde vivia com ela e não se aproximasse mais dela.