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terça-feira, 8 outubro, 2024
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Disputa feroz: Quem comandará a Assembleia Nacional Francesa?

Por Marina B.

Os 577 novos deputados eleitos para a Assembleia Nacional francesa se reúnem hoje, quinta-feira (18), para eleger o presidente da Casa. Esta votação é crucial, pois pode definir as futuras alianças políticas nesta legislatura recém-iniciada, após as eleições antecipadas realizadas no início de julho.

O assunto dominou as manchetes dos principais jornais franceses nesta manhã. “Antes da escolha do primeiro-ministro, a batalha pela presidência da Assembleia”, destaca a manchete do Le Figaro. A votação ocorre em um contexto político ainda instável no país, dois dias após a renúncia do governo francês e 11 dias após o segundo turno das eleições legislativas antecipadas.

O Figaro observa que vários nomes foram sugeridos nos últimos dias, mas nenhum deles obteve um consenso significativo, refletindo a falta de acordo até mesmo dentro dos próprios partidos.

O tom é similar no jornal Le Parisien, que destaca os seis principais candidatos representando diversas correntes políticas surgidas das eleições de 7 de julho. Desde a esquerda radical até a direita, dois deputados e quatro deputadas disputam a presidência da Assembleia em uma eleição com voto secreto, que pode exigir até três rodadas para um desfecho.

Embora teoricamente o candidato da esquerda, o comunista André Chassaigne, tenha boas chances de ser eleito devido à maioria relativa da Nova Frente Popular (NFP), com 190 deputados, outras forças políticas estão intensamente negociando para evitar sua eleição.

Segundo o Le Parisien, até membros do Reunião Nacional de direita estariam considerando apoiar a reeleição da atual presidente da Assembleia, a centrista Yael Braun-Pivet, para impedir a esquerda de assumir o cargo. No entanto, Braun-Pivet enfrenta contestações mesmo entre seus próprios aliados, como o partido de centro-direita Horizontes, que optou por apoiar a candidata Naïma Moutchou.

“O resultado é altamente incerto”, resume o jornal Libération. Em uma Assembleia dividida em três blocos quase iguais, cada campo político aguarda ansiosamente para ver como o voto desta eleição poderá desenhar a paisagem política futura do país.

A crise política na França, sem data clara para ser resolvida, adiciona ainda mais complexidade. A escolha do presidente da Assembleia Nacional é estratégica, pois pode moldar as coalizões governamentais para os três anos restantes do mandato do presidente Emmanuel Macron.

Após as eleições legislativas, convocadas por Macron devido à derrota de seu partido nas eleições europeias de junho, a Assembleia Nacional ficou fragmentada em três blocos, nenhum dos quais alcançou a maioria absoluta. A NFP de esquerda obteve o maior número de deputados, seguida pelo campo presidencial de centro-direita e pelo partido de direita Reunião Nacional e seus aliados. No entanto, a NFP ainda não conseguiu chegar a um consenso sobre um candidato para primeiro-ministro, devido a divergências internas entre partidos como França Insubmissa, socialistas e ecologistas.

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