A Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão do Senado responsável por monitorar as contas públicas, estima que o governo precisará de um ajuste fiscal de R$ 57,7 bilhões para alcançar a meta de zerar o déficit público em 2024, gastando apenas o que arrecadar no período. Esse montante equivale a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) projetado para este ano, estimado em R$ 11,5 trilhões, indicando a possível utilização da “banda de tolerância da meta” prevista no arcabouço fiscal.
Embora a meta seja de um déficit zero, há uma margem que permite um superávit ou déficit de até 0,25% do PIB. Para atingir o limite superior da meta, equivalente a 0,25% do PIB, o governo ainda precisaria cortar R$ 28,87 bilhões.
Marcus Pestana, diretor-executivo da IFI, sugere que essa será a abordagem adotada pelo governo. Ele confia que os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) estão comprometidos com o equilíbrio das contas públicas e optarão pelo teto da banda da meta fiscal, exigindo um esforço significativo de contenção de gastos.
Sem novas medidas, a IFI prevê que o país enfrentará um déficit de 0,5% do PIB, o dobro do limite permitido, excluindo os gastos com o socorro ao Rio Grande do Sul. Portanto, será necessário um corte robusto e medidas de contenção de gastos para cumprir a meta fiscal estabelecida.
