No dia 15 de julho, a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) confirmou o primeiro caso de doping do Brasil antes das Olimpíadas de Paris. O maratonista Daniel Nascimento testou positivo para três substâncias proibidas: drostanolona, metenolona e nandrolona. Esses hormônios anabolizantes, detectados durante um teste surpresa realizado em 4 de julho, colocaram em cheque a participação do atleta nas próximas competições olímpicas.
Daniel Nascimento, que se tornou o primeiro brasileiro a se classificar para a maratona masculina em Paris 2024 após alcançar o índice olímpico em Hamburgo, foi imediatamente suspenso pela ABCD. Segundo especialistas, essas substâncias estão na lista de esteroides anabolizantes proibidos pela WADA (Agência Mundial Antidoping), podendo resultar em até quatro anos de suspensão para o atleta.
O médico Francisco Tostes, especialista em medicina esportiva, explicou que esses hormônios não só melhoram a força e a recuperação muscular, mas também apresentam sérios riscos à saúde, como aumento da pressão sanguínea, tumores no fígado e alterações nos níveis de colesterol. A ABCD ainda está investigando o caso, e tanto Daniel Nascimento quanto sua namorada, Graziele Zarri, também envolvida no escândalo de doping, podem enfrentar punições severas se os resultados forem confirmados após o devido processo legal.
Este incidente levanta preocupações sobre a integridade no esporte brasileiro e a preparação dos atletas para competições internacionais de alto nível. A ABCD reiterou seu compromisso com a transparência e a justiça no combate ao doping, enquanto os preparativos para as Olimpíadas de Paris continuam com uma sombra sobre a participação do Brasil no atletismo.
