Nos últimos dois anos, uma série de ataques terroristas no estado de Plateau, no centro da Nigéria, e no noroeste do país resultou no fechamento de 70 igrejas pertencentes à Igreja de Cristo nas Nações (COCIN). O pastor Amos Mohzo, presidente da denominação, relatou que os ataques, perpetrados por pastores Fulani e outros grupos terroristas, forçaram o fechamento dos cultos e provocaram o deslocamento de muitos fiéis.
Segundo informações da Portas Abertas, os ataques mais recentes ocorreram durante o período de Natal em dezembro de 2023, afetando diretamente as congregações da COCIN. O pastor lamentou: “Nossos membros foram mortos, casas foram perdidas e muitas pessoas estão traumatizadas.” Em Mangu, pelo menos 40 congregações foram obrigadas a fechar, enquanto na área de Bokkos, 30 igrejas foram incendiadas.
Muitos dos membros das igrejas afetadas foram deslocados e agora vivem em campos de Pessoas Deslocadas Internamente (IDPs). Esses cristãos enfrentam dificuldades para retornar às suas comunidades devido aos contínuos ataques. Líderes da COCIN estão empenhados em realocar os membros deslocados e reconstruir suas casas e igrejas destruídas.
Além dos desafios em Plateau, o trabalho evangelístico da COCIN no nordeste da Nigéria tem sido prejudicado pelos ataques do Boko Haram e da Província do Estado Islâmico na África Ocidental (ISWAP). Recentemente, um ataque em Gwoza, em 29 de junho, resultou na morte e mutilação de cristãos e muçulmanos.
A COCIN enfrenta também desafios financeiros significativos, especialmente devido ao grande número de sequestros de membros da igreja e pastores. Apesar das adversidades, os líderes da denominação apelam por ajuda para libertar o pastor Musa e sua esposa, que estão em cativeiro há mais de um ano.
A Nigéria está classificada como o 6º país mais difícil para ser cristão na Lista Mundial de Observação da Missão Portas Abertas de 2024. Apesar das dificuldades, a comunidade cristã no país demonstra resiliência e fé, buscando apoio e reconstruindo suas vidas e comunidades.
