A assinatura do decreto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT/SP) para o reajuste de 10,86% no programa Bolsa Atleta ocorreu em um evento fechado no Palácio do Planalto nesta quinta-feira. A medida foi celebrada pelos atletas olímpicos e paralímpicos presentes, marcando o primeiro aumento do programa em 14 anos. O Ministério do Esporte prevê que, a partir de agosto, o programa beneficiará cerca de 8,7 mil atletas com os novos valores ajustados.
Rafaela Silva, campeã olímpica no judô durante os Jogos do Rio em 2016, destacou a importância do Bolsa Atleta ao longo de sua carreira: “Viajo semana que vem para minha terceira Olimpíada. Sou beneficiada pelo programa há pelo menos 15 anos. É importante para um atleta de alto rendimento ter uma segurança para se preparar para realizar o seu sonho. Posso ajudar minha família, no meu material de trabalho. É com certeza um momento muito importante para o esporte brasileiro”.
Antes do reajuste, o programa Bolsa Atleta distribuía mensalmente valores que variavam de R$370 na categoria Bolsa Base até R$15 mil no Bolsa Pódio, destinado a atletas que competem por medalhas em competições mundiais e olímpicas. Com o aumento, os valores agora vão de R$410 a R$16.629.
Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), ressaltou a contribuição do Bolsa Atleta para o sucesso dos atletas brasileiros: “O Bolsa Atleta hoje é um dos principais instrumentos que tem levado o Brasil às vitórias e espero que em Paris não seja diferente. Foi o programa que ajudou os atletas a comprarem suplementos de qualidade, o alimento adequado para performar melhor”.
Dados do Ministério do Esporte mostram que dos 21 pódios conquistados pelo Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio, 19 foram alcançados por beneficiários do Bolsa Atleta.
A delegação brasileira para as Olimpíadas de Paris está confirmada, com 277 atletas, sendo a maioria composta por mulheres pela primeira vez na história: 153 atletas, o equivalente a 55% do total, representarão o Brasil em 39 modalidades diferentes.
