A reunião da aliança em Washington deveria demonstrar coesão e robustez, mas ocorre sob a sombra de uma possível segunda presidência republicana.
À medida que os 32 líderes se reúnem para celebrar o 75º aniversário da Otan, Jens Stoltenberg, secretário-geral em fim de mandato, exalta a aliança como a mais forte e bem-sucedida da história. Desde a invasão russa à Ucrânia em 2022, a Otan fortaleceu-se, respondendo vigorosamente à guerra em suas fronteiras.
Entretanto, a cúpula é obscurecida pela política interna dos EUA, com debates sobre a capacidade contínua de Joe Biden liderar e sua perspectiva de reeleição. O retorno de Donald Trump à Casa Branca ameaça reviver tensões; durante seu mandato, ele criticou repetidamente a Otan e sugeriu que países gastassem mais em defesa.
A Otan enfrenta o desafio de se preparar para eventualidades sob uma possível segunda presidência Trump, enquanto tenta fortalecer seu apoio à Ucrânia. A cúpula em Washington visa aprovar um plano para coordenar ajuda militar e treinamento para soldados ucranianos, crucial diante da incerteza política tanto nos EUA quanto na Europa.