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sexta-feira, 20 setembro, 2024
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Dorival Júnior revela: ‘Neymar e Estevão são o futuro da Seleção Brasileira após Copa América amarga’

Por Marina B.

O talento supremo e o mais jovem deles estão prestes a se unir. A Seleção Brasileira ainda assimila a eliminação precoce na Copa América, mas já é hora de olhar para o futuro. E o destino da equipe sob o comando de Dorival Júnior passa por dois nomes: Neymar e Estevão, como o próprio técnico reconhece, mesmo que com cautela.

Entrevista exclusiva com Dorival Júnior

Dois dias após a eliminação nos pênaltis para o Uruguai, Dorival concedeu uma entrevista ao ge para analisar o que passou e projetar o caminho à frente. Com apenas seis meses e oito jogos à frente da equipe, o técnico da Seleção destacou as melhorias observadas durante a competição nos Estados Unidos e enfatizou que o processo de reconstrução requer tempo, após um 2023 repleto de decepções para a equipe nacional.

“Não se resolve do dia para a noite. Passamos por alguns anos complicados. Os últimos tempos têm nos apresentado desafios significativos”, comentou Dorival.

A Seleção voltará a se reunir em setembro para enfrentar Equador e Paraguai nas eliminatórias. A expectativa é que Neymar já esteja em atividade pelo Al Hilal, e Dorival discutiu a importância do craque neste período de renovação. Ao mesmo tempo, destacou a necessidade de outras lideranças se consolidarem para apoiar o camisa 10.

“Estamos trabalhando para dividir o protagonismo. Queremos que todos assumam mais responsabilidades para que Neymar possa complementar nosso esforço. Ele é um jogador crucial, acima da média, e precisamos garantir que ele jogue nas suas melhores condições”, enfatizou o técnico.

Um dos nomes que desponta como potencial parceiro de Neymar no futuro da Seleção é Estevão. O talentoso meia-atacante do Palmeiras tem sido destaque no Brasileirão e recentemente foi transferido para o Chelsea, mas, no momento da convocação para a Copa América, ainda não havia alcançado a titularidade no clube.

“Estevão é um jovem que, desde a convocação, progrediu significativamente. Estamos observando todos os jogadores brasileiros ao redor do mundo de forma contínua e criteriosa. Saímos fortalecidos da Copa América, isso posso garantir”, afirmou Dorival.

Parte da delegação brasileira ainda está nos Estados Unidos devido a problemas meteorológicos. Um tornado impediu os aviões de pousarem na região de Houston, resultando em atrasos para a equipe técnica que retornará de Las Vegas. A previsão é que o grupo chegue ao Rio na quinta-feira.

Confira outros trechos da entrevista

Como a equipe se ajustará agora com uma perspectiva mais calma?

“Bem, não esperem muitas mudanças. Nós, profissionais, estamos totalmente imersos em todos os momentos, sejam positivos ou negativos. Mesmo com resultados positivos, não estaríamos relaxados, já pensando no próximo passo. É assim que funciona. Após uma grande competição, é crucial fazer uma pausa para avaliar. É isso que precisamos aprender com o futebol. Há muitos detalhes importantes em todo o processo, tudo o que foi feito até agora. A Seleção chegou aqui há 40 dias. Pela primeira vez, tivemos um tempo para nos preparar como equipe.”

“Acredito que essa geração pode evitar o maior período sem títulos de Copa do Mundo do Brasil”, comentou Cahê Mota após a derrota do Brasil para o Uruguai.

“E isso não acontece da noite para o dia. Passamos por anos complicados. Os últimos tempos nos trouxeram desafios significativos. Este é o momento em que enfrentamos uma sequência de jogos difíceis, contra Inglaterra e Espanha. Em seguida, teremos um período contínuo de observações, com campeonatos nacionais e internacionais. É um processo. Às vezes, as pessoas não entendem os processos no futebol. Temos a obrigação de mostrar que, após todos os pedidos por reformulação na seleção brasileira, estamos passando por uma reformulação pensada e meticulosa. Não se muda de resultados imediatos. É muito difícil.”

“Nós fizemos partidas com altos e baixos, como todas as equipes. No entanto, nosso processo é um pouco diferente. Por isso, é um tema que destaco muito. Falamos de mudanças na equipe, sim, mas não podemos apressar. O futebol não pula etapas. Precisamos deste tempo. Sei que os resultados devem ser imediatos, mas não é assim que funciona.”

Você acha que as escolhas dos jogadores foram corretas?

“Completamente. Tínhamos uma lista de 45, talvez 47 nomes. Consideramos o momento e as qualidades. A maioria de nossos grandes jogadores está fora do país. Sempre disse que gostaria de trabalhar com jogadores no Brasil. Pensamos em todas as situações possíveis, com clubes jogando a Copa América e o Campeonato Brasileiro ao mesmo tempo. Avaliamos tudo meticulosamente. Esses jogadores são muito qualificados. Não tenho dúvidas de que estamos no caminho certo. Tenho convicção de que as coisas podem acontecer naturalmente. Precisamos ser pacientes.”

E as mudanças feitas, foram significativas?

“Sim, foram mudanças importantes. Não se alcançam resultados imediatos. No ano passado, enfrentamos a mesma Colômbia e o Uruguai, duas derrotas difíceis. Desta vez, foram jogos muito equilibrados. Tivemos um pênalti que poderia ter mudado tudo, não marcado pela arbitragem, mas reconhecido por todos. Poderia ter sido 2 a 0. Poderíamos ter sofrido uma virada, mas seria difícil para o adversário se recuperar.”

“Sempre destaco que tivemos mais aspectos positivos do que negativos. Enfrentamos uma competição difícil, onde as equipes estão muito evoluídas. Tivemos dificuldades, mas os jogadores valorizaram, deram tudo o que podiam.”

Você acha que a Seleção ainda precisa de Neymar?

“Nós estamos trabalhando para dividir o protagonismo. Queremos que todos assumam mais responsabilidades para que Neymar possa complementar nosso esforço. Ele é um jogador crucial, acima da média, e precisamos garantir que ele jogue nas suas melhores condições. É um atleta que eu conheço muito bem. Ele sabe da importância que tem. Quero que ele se sinta tranquilo para oferecer o melhor desempenho possível quando estiver conosco.”

A participação de Vini Jr e Rodrygo na Copa América decepcionou?

“Evito fazer análises individuais. São dois jogadores que chegaram em um momento complicado emocionalmente. Após uma final tão importante, é difícil manter o foco. Precisamos ser cuidadosos com qualquer avaliação imediata. Eles são jogadores promissores e ainda têm muito a oferecer com a camisa da Seleção.”

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