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sábado, 23 novembro, 2024
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Bolsonaro alfineta PF: “Aguardemos muitas outras correções no caso das joias”

Por Marina B.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira (8) que espera “muitas outras correções” por parte da Polícia Federal no inquérito sobre o caso das joias. O relatório final da PF, divulgado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, inicialmente indicava que as joias supostamente desviadas por pessoas ligadas a Bolsonaro eram avaliadas em R$ 25,3 milhões. Após a retirada do sigilo, a PF corrigiu o valor para R$ 6,8 milhões, alegando um “erro material”.

– Aguardemos muitas outras correções. A última será aquela dizendo que todas as joias “desviadas” estão na CEF [Caixa Econômica Federal], Acervo ou PF, inclusive as armas de fogo – escreveu Bolsonaro na rede social X.

Além disso, o ex-presidente cobrou um posicionamento da Polícia Federal sobre o caso Adélio:

– Quem foi o mandante?

A conclusão da PF indica que Adélio Bispo, autor da facada em Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018, em Juiz de Fora, Minas Gerais, agiu sozinho. Em junho, a PF solicitou o arquivamento do inquérito sobre a facada, mas iniciou uma operação contra o advogado de Adélio, Fernando Costa Oliveira Magalhães, por suposta ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). A corporação afirmou que não há relação entre a tentativa de assassinato e a organização criminosa. O relatório final do caso Adélio foi apresentado à Justiça, que decidirá sobre o andamento das investigações.

ENTENDA O CASO DAS JOIAS E AS CONCLUSÕES DA PF

A Polícia Federal concluiu que uma associação criminosa foi montada durante o governo Jair Bolsonaro para desviar joias e presentes de alto valor recebidos pelo ex-presidente. Segundo a PF, o valor parcial dos presentes entregues por autoridades estrangeiras ao então presidente somou R$ 6,8 milhões.

Bolsonaro foi indiciado na última semana por supostos crimes de associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. Outras 11 pessoas também foram indiciadas:

  • Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior, ex-ministro de Minas e Energia;
  • Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social de Bolsonaro;
  • Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro;
  • José Roberto Bueno Junior, ex-chefe de gabinete do Ministério de Minas e Energia;
  • Julio Cesar Vieira Gomes, ex-secretário da Receita Federal;
  • Marcelo Costa Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Marcelo da Silva Vieira, ex-chefe do setor de presentes durante o governo Bolsonaro;
  • Marcos André dos Santos Soeiro, ex-assessor do ex-ministro de Minas e Energia;
  • Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Mauro Cesar Lourena Cid, general do Exército e pai de Mauro Cid;
  • Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Com informações AE.

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