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domingo, 6 outubro, 2024
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Aliados afirmam: Lula e Tarcísio de Freitas já dançam no ritmo de 2026

Por Marina B.

Para aliados do Planalto, os ataques de Lula a Roberto Campos Neto têm como alvo, na verdade, seu adversário mais evidente em 2026: o governador Tarcísio de Freitas, que já recebeu elogios e adesão a um possível projeto presidencial do chefe do Banco Central durante o famoso jantar no Palácio dos Bandeirantes.

“Ele ressuscitou o ‘nós contra eles’. Sabe o que está se formando na Faria Lima”, diz um auxiliar do petista.

Seguindo essa linha, Lula, que recentemente anunciou sua intenção de concorrer à reeleição para “evitar a volta de trogloditas”, tenta rotular Tarcísio como a voz das “elites” enquanto se posiciona como defensor dos pobres — mesmo que esteja favorecendo velhos amigos bilionários a lucrar no país.

Atacar Campos Neto é antecipar críticas a Tarcísio. No futuro, Lula justificará os erros de seu governo dizendo que o chefe do BC estava do lado oposto e pretendia boicotar o projeto petista — que visava ajudar os pobres — e promover o governador de São Paulo. A luta do nós contra eles está em andamento.

Do lado de Tarcísio, as coisas começaram a mudar. Amigos dizem que ele passou a gostar dessa disputa. “Lula chama para o baile e ele lentamente está indo”, diz um conselheiro do governador.

Antes discreto, o governador intensificou provocações a Lula — não comparece a eventos com o petista, por exemplo — e parou de afirmar que só pensa na reeleição ao governo estadual. Para um amigo, a candidatura ao Planalto é bem real:

“Pessoalmente, ele não queria ir. Mas a pressão é grande e ele vai. O Tarcísio está sendo arrancado de São Paulo”, diz um interlocutor da mesma Faria Lima que faz Lula escolher Tarcísio como oponente.

Os caciques da política paulista estão trabalhando para que Tarcísio dispute a reeleição ao governo estadual e só tente o Planalto depois, permitindo que esses mesmos caciques assumam o Palácio dos Bandeirantes. Essa chance existe, mas a pressão sobre o governador no setor empresarial é tão grande para que ele dispute o Planalto em 2026, que ele pode optar pelo risco — e, se perder, terá ótimas ofertas de trabalho no setor privado. Mas há quem acredite que ele tem uma chance de ganhar, conforme dizem seus aliados.

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