A Comissão Europeia confirmou que a partir de 5 de julho serão aplicadas tarifas significativas aos veículos elétricos a bateria (VEB) fabricados na China, em resposta a subsídios que distorcem o mercado e prejudicam a concorrência leal.
Esta decisão surge após uma investigação que revelou subsídios abrangentes ao longo da cadeia de produção dos VEB chineses, desde a extração de matérias-primas até o transporte marítimo para a Europa. Esses subsídios permitiram que os fabricantes chineses vendessem seus veículos a preços substancialmente mais baixos do que os concorrentes europeus, resultando em um aumento nas importações para 25% do mercado europeu de VEB até o final de 2023, contra 3,9% em 2020.
Para compensar essa vantagem competitiva injusta, as tarifas aduaneiras serão diferenciadas, com taxas específicas para cada empresa baseadas no volume de negócios anual e nos subsídios recebidos. As tarifas, que serão temporárias até uma decisão final em novembro, exigirão garantias bancárias dos exportadores chineses para minimizar o impacto imediato nos consumidores finais.
Enquanto os Estados-Membros da UE discutem a medida, há uma expectativa de que países como Alemanha e Hungria possam se opor, embora não tenham o apoio necessário para bloquear as tarifas. Bruxelas e Pequim continuam em negociações para resolver o impasse de forma bilateral, embora as perspectivas de um acordo permaneçam incertas diante das acusações de Pequim sobre o caráter protecionista da investigação da UE.