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terça-feira, 26 novembro, 2024
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Como cristãos arriscam tudo para espalhar a fé na Coreia do Norte

Por Marina B.

A organização Portas Abertas estabeleceu abrigos na China para acolher cristãos norte-coreanos refugiados, oferecendo alimentos, remédios e estudos bíblicos. Devido ao perigo em permanecer na China, a maioria dos refugiados acaba retornando à Coreia do Norte. Graças ao apoio da igreja brasileira e de parceiros globais, esses cristãos têm sido fortalecidos na fé.

Os abrigos estão localizados em ruas envoltas em escuridão, garantindo a necessária discrição. Yun Hee*, responsável por um dos abrigos, compartilha: “É difícil imaginar que irmãos e irmãs em Cristo atravessam o rio e se reúnem em segredo para prestar culto a Deus”. Por dentro, os locais se assemelham a casas ou apartamentos comuns na China.

“Muitos refugiados vagam pelas ruas em busca de um lugar para dormir. Eu os abordo e os ajudo até que possam seguir sozinhos. Eles perguntam por que faço isso sem pedir nada em troca. É nesse momento que compartilho sobre Deus e a Bíblia, e muitos retornam à Coreia do Norte como cristãos”, disse Yun Hee. “Às vezes, esse trabalho me deixa exausto. Então, me ajoelho e oro, pedindo a Deus que renove minhas forças.”

Yun Hee mencionou que até espiões mudaram por causa de sua gentileza. “Alguns confessam que foram enviados para relatar sobre mim para a Agência de Serviço Secreto, mas ficam tão gratos pelo que faço que decidem escrever apenas coisas positivas sobre mim e não mencionar as atividades ilegais”, acrescentou.

Os cristãos norte-coreanos que chegam aos abrigos buscando aprender mais sobre Deus são conectados com parceiros locais que fornecem Bíblias na China. “Temos um código. Se meu contato local menciona essa palavra, sei que devo encontrá-lo em um local secreto. Ali, explico o evangelho e como eles podem aprender mais sobre a Bíblia nos abrigos. Isso os prepara para compartilhar as boas novas com suas famílias e amigos ao retornarem à Coreia do Norte”, explicou Beom-Seok*, outro colaborador na China.

*Nomes alterados por questões de segurança.

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