O presidente argentino Javier Milei reiterou sua recusa em se desculpar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por críticas feitas durante sua campanha presidencial, incluindo chamá-lo de “corrupto comunista”.
“Qual é o problema em chamá-lo de corrupto? Ele não foi preso por corrupção? Eu também o chamei de comunista, e ele não se identifica como tal?”, questionou Milei em entrevista ao canal argentino LN+.
“Desde quando precisamos pedir desculpas por dizer a verdade? Estamos tão limitados pela correção política que não podemos criticar a esquerda, mesmo que seja verdade?”, concluiu o presidente argentino.
Milei também observou o envolvimento ativo de Lula na campanha eleitoral argentina.
O presidente da Argentina afirmou que os interesses tanto dos argentinos quanto dos brasileiros são mais importantes do que o “ego inflamado de um esquerdista”. Esta declaração foi uma resposta à recente afirmação de Lula, que declarou não ter conversado com Milei porque acredita que o argentino deveria pedir desculpas ao Brasil e a ele por ter dito “muita bobagem”.
“Eu não conversei com o presidente da Argentina porque acho que ele precisa pedir desculpas ao Brasil e a mim. Ele disse muita bobagem. Eu só quero que ele peça desculpas”, disse Lula em entrevista ao UOL.
Milei reagiu à declaração, reforçando que não vê motivo para se desculpar e criticando a ideia de que a correção política pode obscurecer a verdade.