Os maquinistas da Deutsche Bahn estão em greve, buscando uma redução da carga horária de 38 para 35 horas semanais sem diminuição salarial. Entre quarta e sexta-feira, oito em cada dez trens na Alemanha não estão em operação devido à paralisação dos maquinistas em busca de melhores condições de trabalho, incluindo a mencionada redução de jornada.
Os profissionais afirmam, que o caos nas viagens decorre da falta de investimento em infraestrutura, gerando reclamações do público e pressionando tanto a Deutsche Bahn quanto os funcionários ferroviários. A situação resultou em esgotamento e interrupção de formações, levando a uma escassez de pessoal que, por sua vez, contribui para atrasos nos trens, criando um ciclo vicioso.
Tanto maquinistas quanto passageiros, expressam indignação diante do plano de conceder bônus de 5 milhões de euros aos membros do conselho de administração da Deutsche Bahn em 2022, mesmo diante de recordes de atrasos nos trens. Isso tem gerado um clima de frustração na Alemanha, resultando em mais protestos.
Rene Bäselt, maquinista de longa distância da DB, sugere que a proposta de redução da jornada para 35 horas é uma estratégia inteligente para tornar as condições de trabalho mais atraentes. Ele destaca o aumento das dificuldades e encargos, argumentando a necessidade de contratar mais pessoas para aliviar a sobrecarga.
No entanto, a Deutsche Bahn contradiz, argumentando que a redução de horas solicitada não seria viável. Alguns especialistas preveem que a falta de investimento em infraestrutura resultará em atrasos nos trens até a década de 2030.
