Os servidores federais da área ambiental iniciaram uma greve nesta segunda-feira (24), que se estenderá até o dia 1º de julho, abrangendo inicialmente os estados da Paraíba, Pará, Acre e Rio Grande do Norte, além dos servidores do Ministério do Meio Ambiente (MMA) em Brasília.
A paralisação, coordenada pela Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema Nacional), será ampliada para outros 17 estados a partir de 1º de julho: Goiás, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Tocantins, Minas Gerais, Maranhão, Piauí, Pernambuco, Ceará, Alagoas, Rondônia, além dos servidores do Distrito Federal não lotados no MMA.
Os funcionários públicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Serviço Florestal Brasileiro e MMA integram o movimento.
As negociações com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), que duram cerca de seis meses, não avançaram devido à rejeição total da proposta apresentada pela MGI nas assembleias locais da Ascema.
Cleberson Zavaski, presidente da Ascema, criticou o governo federal por não realizar uma reestruturação adequada da carreira de especialista em Meio Ambiente e do Plano Especial de Cargos do MMA e Ibama, afirmando que isso prejudicará o governo e os setores regulados.
Os servidores reivindicam uma reestruturação que os equipare às carreiras de nível superior da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), destacando disparidades salariais após a separação das entidades.
A greve nacional afeta atividades de fiscalização, licenciamento e outras operações de campo, incluindo serviços administrativos. A Agência Brasil aguarda posicionamento do MMA e MGI sobre as negociações e propostas apresentadas.