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sábado, 16 novembro, 2024
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Escândalos de Lula: Polêmicas sem fim no terceiro mandato

Por Marina B.

Não há como negar que o governo tem avanços significativos em diversas áreas, especialmente na economia e no social. No entanto, é notável a habilidade do presidente Lula em fornecer munição para a oposição, especialmente para seu maior adversário, Jair Bolsonaro. Os casos se acumulam de maneira impressionante, dando a sensação de que, em seu terceiro mandato, Lula se sente acima das críticas e imune a erros, agindo sem restrições.

Por que diabos Lula esperou nove dias para se pronunciar sobre o indiciamento do ministro Juscelino Filho (Comunicações) pela PF, por corrupção passiva, fraude em licitações e organização criminosa? Após todo esse tempo, apareceu em um evento ao lado do ministro como se nada tivesse ocorrido, expressando “muito orgulho” de sua equipe e declarando estar “feliz” com Juscelino, alvo de suspeitas desde o início de seu governo. Lula parece aguardar que PGR e STF acordem para enxergar o óbvio. O que fará a seguir?

Por que diabos Lula precisava se vacinar contra a dengue em um hospital privado, cinco dias antes do início da distribuição pública de doses pelo SUS, que eram insuficientes devido à falta de produção nacional e internacional? Ele estava ciente de que isso causaria polêmica, tanto que optou por fazer isso secretamente! O que era ruim ficou ainda pior, especialmente em um campo onde é fácil confrontar seu antecessor: vacinação. Lula jogou a bola para cima, Bolsonaro cortou: “Se vacinou escondido… Que se dane o povo”, postou nas redes sociais.

Por que diabos Lula precisava autorizar a importação de toneladas de arroz, apesar dos dados indicarem que a maior parte da safra já havia sido colhida e que a tragédia no Rio Grande do Sul teria pouco impacto no abastecimento? E permitir a inclusão de logotipos e propaganda do governo em sacos importados, em um claro oportunismo político? E negligenciar o processo licitatório, admitindo agora que ele foi contaminado por “falcatrua”? O resultado é um vai e vem de decisões. Não é uma boa gestão da equipe da qual ele diz ter tanto “orgulho”.

Por que, mais uma vez, Lula precisava desrespeitar a lei, fazer um discurso de campanha e pedir votos para seu candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, em um evento de Primeiro de Maio? Agiu e recebeu: uma multa da Justiça Eleitoral por propaganda eleitoral antecipada. Além disso, Boulos também foi multado. E a semana termina com o presidente enfrentando greves em universidades e reitores: “O dedo que falta não fui eu que mordi!”

Por que, afinal, Lula insiste em intervir no Banco Central, que é autônomo, e se intrometer politicamente na Petrobras? E continuar sendo tão próximo de Vladimir Putin, tratando Nicolás Maduro e seus métodos como legítimos e democráticos, e ignorando as atrocidades de Daniel Ortega? Uma política externa independente e pragmática pode ser saudável para os regimes, seja de esquerda ou direita, mas ser condescendente com ditaduras cruéis é prejudicial tanto para os governantes dentro quanto fora de seus países.

Tão hábil orador e carismático, Lula também exagera em piadas e comentários inoportunos sobre gênero, raça e grupos LGBTQI+. Após os anos sombrios de Bolsonaro na cultura, ele anuncia investimentos de R$ 1,6 bilhão no audiovisual, em uma cerimônia animada com celebridades, mas estraga tudo ao dizer que “artista, cinema e teatro não são para ensinar indecência”. Foi uma gafe ou uma tentativa de agradar o público conservador, especialmente evangélico? Por que usar uma frase que só reforça velhos preconceitos contra a cultura? Se alguém achou engraçado, só pode ser da oposição.

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