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terça-feira, 26 novembro, 2024
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Alerta vermelho: Preços dos alimentos podem subir até 7,5% em 2024

Por Marina B.

Bancos, consultorias e corretoras ajustaram suas previsões para a alta dos preços dos alimentos em 2024, agora estimada entre 4,5% e 7,5%, conforme relatado pelo jornal O Globo nesta sexta-feira, 21. Esta revisão representa um aumento em relação à projeção anterior de 3,5%.

O novo percentual de aumento é superior à expectativa para a inflação geral, prevista para encerrar o ano em torno de 3,96%, conforme indicado pelo Boletim Focus divulgado na última segunda-feira, 17.

O aumento nos preços dos alimentos este ano está relacionado à intensidade do El Niño, chuvas intensas no Rio Grande do Sul e à antecipação do La Niña, além da valorização do dólar. Em 2023, os preços dos alimentos registraram uma queda de 0,52%.

Produtos como arroz, legumes, verduras e frutas não devem apresentar redução significativa nos preços durante o segundo semestre, e há expectativa de que carnes e leite, que tiveram queda nos últimos 12 meses, possam retomar o movimento de alta.

Economistas destacam que a perspectiva de preços mais altos para alimentos representa um risco adicional monitorado pelo Banco Central. A autoridade monetária, em sua tentativa de controlar a inflação por meio de ajustes na taxa Selic, interrompeu o ciclo de redução devido à valorização do dólar e aos desafios fiscais decorrentes dos gastos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

A Tendências Consultoria revisou sua previsão de aumento nos preços dos alimentos no domicílio de 3,5% para 4,5% em 2024, levando em conta os efeitos do El Niño e das chuvas no Rio Grande do Sul.

A elevação nos preços dos alimentos in natura, que normalmente apresentam queda nesta época do ano, também contribui para o aumento na alimentação no domicílio ao longo de 12 meses, impactando especialmente as famílias de menor renda e influenciando as expectativas de inflação para este e o próximo ano.

Luis Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners, projeta que os preços dos alimentos no domicílio aumentarão 7,5% em 2024, próximo da média histórica de alta de 7,3% ao ano.

O Santander alerta que a rápida transição do El Niño para o La Niña pode afetar as safras de grãos na América do Sul, elevando os preços dos alimentos. O banco observa que os preços da soja e do milho subiram nas últimas três ocorrências do La Niña.

Antes dos impactos do La Niña, as chuvas intensas no Sul, resultado do El Niño, já haviam elevado os preços dos alimentos in natura. Dados do IBGE mostram que o arroz teve um aumento de 26% em 12 meses até maio, enquanto a batata inglesa subiu 57,94%.

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