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segunda-feira, 30 setembro, 2024
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Renascimento de Wendell: Da sombra ao brilho na Seleção Brasileira

Por Marina B.

Não foi por acaso que Wendell retornou à seleção brasileira após oito anos de espera. Longe disso. O lateral-esquerdo convocado por Dorival Júnior para a Copa América é um novo jogador, bastante diferente daquele que teve sua primeira chance com Tite em 2018. Atuando como parceiro de Vini Júnior no lado esquerdo do campo, o jogador de 30 anos vê na sua consciência tática seu maior trunfo para firmar-se como titular da posição. O Wendell agudo e adepto das ultrapassagens nos tempos de Grêmio e Bayer Leverkusen foi transformado em um lateral que aprendeu no Porto a importância do equilíbrio e de novas abordagens para auxiliar os pontas nas jogadas de ataque e, sobretudo, garantir segurança defensiva: “Os jogadores da frente estão cada vez mais decisivos, como o Vinícius é um exemplo disso. Ele, Raphinha, Rodrygo, Savinho… Passar a bola para eles resolverem e manter a retaguarda para defender é o que precisamos”.

O novo Wendell é resultado do trabalho com um técnico bem definido: Sérgio Conceição. O ex-treinador do Porto identificou suas qualidades e o convenceu a mudar, após sete temporadas de sucesso na Alemanha. Estrangeiro com mais partidas na história do Bayer Leverkusen, com 250 jogos, o brasileiro concordou em “resetar” seu estilo após conversas que abriram seus olhos para novas possibilidades além do papel de lateral ofensivo que buscava o fundo constantemente. Em três anos no Porto, Wendell acumulou 107 partidas, sete gols, oito assistências e os primeiros seis títulos da carreira. Números que refletem seu sucesso, mas são outras mudanças que mostram que Conceição estava certo:

“Eu não tinha tanta visão de jogo como tenho hoje. Entender como os pontas gostam de jogar, quando entram para dentro, quando os meias vão para fora, isso me ajudou muito. No Grêmio e no Leverkusen, eu usava mais a linha lateral. Hoje, jogo mais por dentro também. Agradeço muito ao Sérgio Conceição por isso. Ele viu algo em mim que eu não via no meu jogo, essa capacidade de jogar por dentro. A maioria dos times joga com um lateral por dentro e outro pelo corredor. Isso abriu minha visão de jogo. Me ajudou a entender melhor o jogo dos nossos pontas como o Vinícius, o Rodrygo, o João Gomes. Não foi difícil me adaptar e espero que a gente consiga ter sucesso. Quem ganha com isso é a Seleção.”

Provável titular na estreia da Copa América contra a Costa Rica, segunda-feira, em Los Angeles, Wendell conversou com o ge antes de se apresentar, ansioso para este novo momento. Com 10 temporadas na Europa, parte da torcida brasileira pode não se lembrar do jovem que deixou o Grêmio cedo, mas Wendell está pronto para representar seu país na competição oficial:

“Agradeço muito a Deus. Estou extremamente feliz e ansioso. Por mais que tenha feito bons amistosos, sabia que o Brasil sempre tem novos jogadores aparecendo. Estava na expectativa e deu tudo certo. Poder representar o país em uma competição tão importante é inexplicável. Espero junto com meus companheiros e comissão técnica conquistar o título.”

Sua trajetória na seleção teve altos e baixos desde a convocação em 2016, mas Wendell nunca desistiu de seu sonho. Com um novo estilo de jogo moldado por Sérgio Conceição, ele espera contribuir de forma significativa para o sucesso da Seleção na Copa América, tanto dentro quanto fora de campo.

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