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terça-feira, 26 novembro, 2024
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Vasco: Álvaro Pacheco de saída após decisões polêmicas e resultados desastrosos

Por Marina B.

Álvaro Pacheco teve uma passagem curta pelo Vasco. Anunciado em 21 de maio, o técnico português está nos seus últimos momentos no clube. Após a derrota para o Juventude, pela décima rodada do Brasileirão, a diretoria acelerou as discussões sobre a multa contratual e se prepara para demitir o treinador. Devido ao fechamento do aeroporto de Caxias do Sul, causado por um assalto a um carro-forte, o Vasco adiou sua volta ao Rio de Janeiro. A delegação, que deveria viajar logo após o jogo, sairá da cidade gaúcha na manhã desta quinta-feira. Pedrinho, presidente do Vasco, não viajou para Caxias do Sul e deve comunicar pessoalmente a demissão de Álvaro Pacheco.

Escolhido e contratado pela gestão da 777 Partners, Álvaro Pacheco comandou o Vasco em quatro jogos pelo Brasileirão, com três derrotas (Flamengo, Palmeiras e Juventude) e um empate (Cruzeiro). O time ocupa a 16ª posição na tabela, com sete pontos.

Em seu curto período no comando, Pacheco tomou decisões que desagradaram a diretoria. Abaixo, destacam-se as principais:

  1. Fragilidade no meio de campo: Nos dois primeiros jogos, contra Flamengo e Palmeiras, o técnico utilizou três zagueiros, sobrecarregando os volantes Sforza e Galdames no primeiro jogo e Zé Gabriel e Galdames no segundo.
  2. Defesa vulnerável: O espaço deixado pelo Vasco na frente da área facilitou os ataques adversários. O primeiro gol do Juventude saiu exatamente dessa zona, marcado por Lucas Barbosa. Houve uma leve melhora após a mudança de esquema, que inicialmente foi forçada pela concussão do zagueiro Rojas.
  3. Alta quantidade de finalizações: O Vasco permitiu 74 finalizações em quatro jogos, evidenciando sua ineficácia defensiva.

Goleada para o Flamengo e mudanças tardias: A derrota histórica por 6 a 1 para o Flamengo, na estreia de Álvaro, foi um golpe pesado. Após abrir o placar, o Vasco foi dominado e foi para o intervalo perdendo por 3 a 1, com um jogador a menos após a expulsão de João Victor. Álvaro Pacheco só fez alterações aos 13 minutos do segundo tempo, com entradas de Praxedes, Zé Gabriel e Paulo Henrique. Comparativamente, Maurício Barbieri, quando perdia por 4 a 0 no primeiro turno do Brasileiro do ano passado, fez mudanças no intervalo que ajudaram a equilibrar a partida.

Discurso de evolução e falta de consistência: Nas coletivas pós-jogo, Pacheco pediu desculpas após a goleada e prometeu trabalho. Após a derrota para o Palmeiras, afirmou: “Disputamos com o Palmeiras em um nível forte. Mesmo perdendo, nunca nos desligamos do jogo.” No empate com o Cruzeiro, destacou: “Os indicadores de evolução, dedicação e capacidade de envolvimento são positivos.” Após a derrota para o Juventude, defendeu que a equipe não faltou com atitude e entrega, apesar da má construção do jogo.

Mudanças inesperadas e escolhas polêmicas: A diretoria e os jogadores ficaram confusos com as escolhas de Pacheco. David, que era titular antes de sua chegada, não foi relacionado para o clássico contra o Flamengo, mas retornou como titular contra o Palmeiras. Mateus Cocão, que ficou no banco contra o Flamengo, foi deixado de fora contra o Palmeiras e jogou nas partidas seguintes.

Escalações polêmicas: As convicções de Pacheco, especialmente as escalações de Rossi e Galdames, contribuíram para seu desgaste. Rossi foi titular em três dos quatro jogos, enquanto Galdames jogou em todos. João Victor, a contratação mais cara do Vasco, jogou apenas os primeiros 45 minutos contra o Flamengo e não atuou contra Palmeiras, Cruzeiro e Juventude.

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