A história de Fátima, uma cristã perseguida no Sudão, revela sua fé resiliente e coragem diante da intolerância religiosa e da guerra. Quando os conflitos eclodiram, Fátima e sua família fugiram para o Sudão do Sul em busca de segurança. Originalmente muçulmana, Fátima encontrou o Evangelho em um campo de refugiados e se converteu ao cristianismo, enfrentando severa perseguição familiar por sua decisão. Seu marido, um muçulmano fervoroso, chegou a ameaçá-la de morte e a agrediu violentamente quando ela se recusou a abandonar Jesus e retornar ao Islã. Mesmo sob ameaça de morte, Fátima manteve sua fé, declarando que, se fosse morta, seu espírito iria para Deus.
A guerra que irrompeu no Sudão em abril de 2023 entre o exército sudanês e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF) exacerbou a crise no país. A ONU relatou que mais de 8 milhões de pessoas se tornaram deslocadas internas e refugiadas devido aos contínuos combates. A guerra também comprometeu a capacidade das ONGs de fornecer ajuda humanitária adequada, agravando a situação para os mais vulneráveis, incluindo os cristãos. Estes enfrentam discriminação severa e marginalização, sendo frequentemente excluídos da assistência humanitária e obrigados a se esconder para evitar perseguições. Muitos buscaram refúgio em igrejas, mas continuam a enfrentar enormes desafios por causa de sua fé.
O Sudão é classificado como o 8º país mais perigoso para os cristãos na Lista Mundial da Perseguição de 2024 da Missão Portas Abertas. A experiência de Fátima reflete a opressão e os desafios enfrentados pelos cristãos convertidos do Islã ao seguir Cristo em um ambiente hostil. Sua história é um testemunho de fé inabalável e esperança em meio à adversidade extrema.