Para alguns membros do Partido dos Trabalhadores, ao decidir votar pela manutenção da taxa Selic em 10,50% ao ano, o atual diretor de Política Monetária do Banco Central, nomeado por Lula em 2023, teria mostrado não ter o perfil adequado para ser indicado como presidente da instituição.
Segundo esses membros, o descontentamento de Lula com Galípolo teria sido evidenciado já na terça-feira (18/6), quando era esperado que o diretor votasse junto com o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, pela manutenção da Selic.
Na visão desses membros do partido, Lula aproveitou uma entrevista na rádio CBN para enviar uma mensagem a Galípolo. O presidente afirmou que escolherá como sucessor de Campos Neto alguém “maduro” e que não se deixe influenciar por pressões do mercado.
“Quando eu tiver que escolher o presidente do Banco Central, será alguém maduro, experiente, responsável, alguém que respeite o cargo que ocupa e não se submeta às pressões do mercado, fazendo o que for do interesse dos 213 milhões de brasileiros”, declarou Lula.
Entre os nomes que se encaixariam nesse perfil, petistas próximos à liderança do partido apoiam o economista André Lara Rezende, ex-presidente do BNDES e crítico da autonomia do Banco Central.