Em 2024, o Brasil registrou mais de 6 milhões de casos de dengue, conforme dados do Ministério da Saúde, representando um aumento significativo em comparação a 2023, quando foram contabilizados pouco mais de 1,6 milhão de casos no país.
A doença alcançou seu pico em março, com mais de 1,6 milhão de casos, e em abril manteve-se elevada, com mais de 1,5 milhão de registros. A partir de maio, a transmissão começou a desacelerar, com cerca de 960 mil confirmações.
Em junho, a Organização das Nações Unidas (ONU) destacou que o Brasil concentra atualmente 84% dos casos de dengue no mundo.
Apesar da redução na incidência nos últimos meses, o número de mortes por dengue aumentou 71% no primeiro semestre de 2024 em relação a 2023. Em junho, o país registrou 4 mil mortes devido à doença, comparado ao total de 1.179 em todo o ano anterior. Além disso, há mais de 2,8 mil mortes sob investigação pelo Ministério da Saúde, liderado por Nísia Trindade.
Embora alguns Estados como Rio de Janeiro e Minas Gerais tenham declarado o fim da epidemia, a situação continua preocupante em grande parte do país. São Paulo lidera em número de mortes por dengue, com mais de 1,1 mil óbitos, representando mais de 25% do total nacional. O Estado também é o segundo em notificações, com 1,8 milhão de casos, atrás apenas de Minas Gerais, com 1,6 milhão.
A faixa etária entre 20 e 49 anos concentra quase metade dos casos, com mais de 2,9 milhões de registros. Os jovens de 20 a 29 anos são os mais afetados, com mais de 1 milhão de casos, seguidos pelas pessoas de 30 a 39 anos, com mais de 900 mil registros.
Regionalmente, o Sudeste lidera com mais de 3,8 milhões de casos, seguido pelo Sul com pouco mais de 1,1 milhão, Centro-Oeste com 600 mil, Nordeste com 321 mil e Norte com mais de 48 mil casos.