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quarta-feira, 27 novembro, 2024
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Crescente de ódio: Antissemitismo no Brasil multiplica por sete em poucos meses

Por Marina B.

Entre outubro de 2023, quando o Hamas realizou ataques terroristas em Israel, e maio de 2024, houve um significativo aumento do antissemitismo no Brasil, com um crescimento sete vezes maior no número de casos em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Os dados referentes a este período estão detalhados na segunda edição do Relatório de Antissemitismo no Brasil, uma fonte abrangente de denúncias desse tipo no país. Este relatório foi elaborado pela Confederação Israelita do Brasil (CONIB) em colaboração com a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) e o Departamento de Segurança Comunitária (DSC).

Essas entidades monitoram regularmente o aumento da intolerância contra judeus no Brasil e fornecem atualizações mensais. Em 2024, de janeiro a maio, foram registrados 886 casos, quase seis vezes mais do que no mesmo período do ano anterior.

O relatório destaca que o aumento significativo nos casos de antissemitismo foi observado a partir de 7 de outubro de 2023, exacerbado durante períodos de escalada de tensões entre Israel e o Hamas.

Entre 1º de outubro e 31 de dezembro do ano anterior, foram reportadas 1.119 denúncias, representando um aumento de quase 800% em relação às 125 denúncias do mesmo período de 2022. Apenas em novembro de 2023, houve uma média de 18 denúncias por dia, 18 vezes mais do que a média de 2022.

Manifestações de ideias anti-Israel No ambiente online, a maioria dos registros ocorreu no Instagram (43%) e em outra plataforma (32%).

O monitoramento também revelou picos de interações antissemitas nessas plataformas sempre que autoridades públicas ou influenciadores expressavam opiniões anti-Israel.

Na vida real, o antissemitismo se manifesta por meio de agressões verbais e físicas contra membros da comunidade judaica em espaços públicos e próximos a sinagogas. Além disso, houve casos de vandalismo, como pichações, colagem de adesivos e cartazes com conteúdo antissemita ou nazista, além de apologia ao antissemitismo por meio de panfletos, jornais e cartazes que pedem o fim do Estado de Israel ou contêm estereótipos antissemitas genéricos. As ocorrências “offline” aumentaram 86% após 7 de outubro.

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