João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, retomou sua influência na Petrobras após passar quatro anos preso pela Operação Lava Jato. Ele participou ativamente das escolhas de indicados para cargos importantes na estatal, conforme reportagem de Lauro Jardim, confirmada pelo Conexão Política.
Pedro Barusco, ex-gerente de serviços da Petrobras, revelou em delação premiada que Vaccari Neto havia recebido propina em nome do PT durante o esquema de corrupção na empresa. Vaccari foi preso preventivamente em abril de 2015 na 12ª fase da Lava Jato, condenado por corrupção passiva, e permaneceu detido até 2019, quando passou a cumprir pena em regime semiaberto com tornozeleira eletrônica.
Em janeiro de 2024, a condenação de João Vaccari Neto foi anulada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Natural do Paraná e radicado em São Paulo desde a infância, Vaccari, de 65 anos, começou sua carreira no movimento sindical aos 18 anos e foi um dos fundadores da CUT em 1983, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ingressou no antigo Banespa como escriturário em 1978, presidiu o Sindicato dos Bancários de São Paulo de 2000 a 2005, e esteve à frente da Bancoop de 2004 a 2010.
O ex-presidente Jair Bolsonaro ironizou o retorno de Vaccari à Petrobras, declarando: “O amor voltou sem nenhum constrangimento em ser feliz!”.