O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, propõe medidas de contenção de despesas ao presidente Lula para controlar os gastos públicos e preservar a credibilidade fiscal. Duas prioridades são desvincular os benefícios temporários do INSS do salário mínimo, que tem aumentado acima da inflação, e desvincular os gastos obrigatórios com saúde e educação das receitas, que também crescem descontroladamente.
A equipe econômica sugere reduzir o ritmo de crescimento das despesas, mantendo-as dentro do Orçamento e reduzindo a necessidade de contrair dívidas. A reação negativa à MP do PIS/Cofins, que restringe o uso de créditos tributários e afeta empresas, evidenciou os limites de aumentar a arrecadação em um país já com alta carga tributária.
Medidas recentes, como mudanças no Carf, aumentaram significativamente a arrecadação da União, mas buscar mais receita no setor produtivo prejudica o crescimento econômico. Especialistas e empresários defendem a contenção de gastos e a busca de eficiência no setor público como soluções mais sustentáveis. A decisão final cabe a Lula, que deve considerar as sugestões para controle de despesas.