Milhares de crianças pelo Brasil enfrentam uma condição desafiadora, mobilizando suas famílias em torno dos cuidados com a saúde: a cardiopatia congênita. Nesta quarta-feira, 12, o país celebra o Dia Nacional de Conscientização sobre essa condição.
A cardiopatia congênita é definida pela pediatra e cardiologista infantil Rafaella Gato como doenças que afetam o coração e suas estruturas desde o nascimento. Pode envolver má formação estrutural do órgão, alterações nas válvulas cardíacas e ausência de desenvolvimento adequado de cavidades ou vasos. Essas condições podem ter origem genética, infecciosa ou surgir durante as primeiras semanas de gestação, muitas vezes associadas a doenças adquiridas pela mãe nesse período, como a rubéola ou diabetes gestacional.
Aproximadamente 30 mil crianças nascem com cardiopatias congênitas no Brasil a cada ano, segundo dados do Ministério da Saúde, o que representa um a cada cem nascidos. O diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento eficaz, sendo o ecocardiograma fetal o exame ideal para detectar essas condições durante a gestação, conforme previsto pela Lei Federal 14.598/2023.
O tratamento varia de acordo com a gravidade da condição e pode incluir intervenções no período fetal, uso de medicamentos, cirurgia cardíaca tradicional ou híbrida, e acompanhamento especializado. A mãe do pequeno Liam, Taise Santos, compartilhou sua experiência com as duas cardiopatias do filho, destacando a importância da fé, do apoio médico e da paciência durante o tratamento.
Apesar dos desafios, Taise relata o sucesso da cirurgia do Liam e sua melhora significativa após o procedimento. Ela encoraja os pais que enfrentam essa situação a buscar suporte médico e emocional, mantendo a esperança e confiando em Deus durante todo o processo.
