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domingo, 29 setembro, 2024
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Perturbadora verdade sobre a crise da fé: Desigrejados versus sem religião

Por Marina B.

No cenário atual de proliferação de desinformação nas redes sociais, é notável a confusão entre duas categorias distintas: os desigrejados e as pessoas sem religião. Embora compartilhem algumas semelhanças, existem diferenças significativas entre esses grupos.

Uma distinção crucial reside no fato de que os desigrejados ainda mantêm uma crença religiosa. Por exemplo, os evangélicos desigrejados se identificam como cristãos e seguem o cristianismo, buscando Deus por meio dessa fé. Eles optam por não se vincular a uma instituição eclesiástica, mas continuam a praticar uma espiritualidade baseada em uma religião. Por outro lado, as pessoas sem religião rejeitam totalmente qualquer afiliação religiosa. Elas afirmam buscar a conexão com o divino, mas não adotam uma religião com seus dogmas e rituais. Essa espiritualidade não religiosa é uma busca independente de vínculos institucionais.

Ambos os grupos compartilham características como a desinstitucionalização, a ênfase na individualização, a autonomia na prática da fé, a rejeição de dogmas e a recusa em participar de instituições religiosas. A desinstitucionalização se destaca entre aqueles que criticam líderes religiosos, rituais e dogmas da igreja cristã. Ao recusar a filiação institucional, tanto os desigrejados quanto as pessoas sem religião rompem os laços com a comunidade de fé, distanciando-se das práticas rituais que tradicionalmente os ligam à igreja.

A individualização revela uma busca por uma experiência de fé autônoma. A prática da religiosidade ocorre de maneira individual, de acordo com as convicções pessoais de cada indivíduo. A ideia de uma fé “self-service”, na qual cada pessoa escolhe e adapta seus próprios rituais e crenças, está em ascensão, refletindo uma ênfase no individualismo e na autonomia.

Quanto à rejeição dos dogmas estabelecidos, tanto em termos de conteúdo de crença quanto na interpretação das Escrituras Sagradas, as diferenças são evidentes entre aqueles com vínculos institucionais e os sem religião. Enquanto os primeiros mantêm a tradição doutrinária e a prática comunitária, os últimos veem Deus conforme suas próprias concepções, rejeitando a submissão às normas religiosas instituídas. Para eles, Deus é acessível a todos, independente de pertencerem a uma instituição religiosa.

Em suma, os desigrejados são aqueles que optam por não pertencer ou frequentar uma igreja, mantendo-se como cristãos desinstitucionalizados, enquanto as pessoas sem religião praticam uma espiritualidade independente de afiliações religiosas específicas. Essas mudanças refletem não apenas uma crise de pertencimento religioso, mas também uma transformação no cenário religioso contemporâneo, marcado pela busca por autonomia, individualismo e rejeição dos dogmas institucionais.

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