Nesta segunda-feira (10), o deputado federal Nikolas Ferreira usou suas redes sociais para criticar o que ele considera uma mudança de narrativa em relação a diversas questões políticas no Brasil. Em sua postagem, Ferreira destacou a transformação de termos e a reinterpretação de situações que, segundo ele, suavizam a percepção pública de problemas graves.
Ferreira iniciou sua crítica mencionando o “orçamento secreto”, agora denominado “emendas de relator”. Ele sugere que essa mudança terminológica não resolve as questões de transparência e responsabilidade associadas a essas emendas, frequentemente apontadas como potencial foco de corrupção.
Em seguida, o deputado se referiu ao “gabinete do ódio”, alegando que agora é chamado de “gabinete da ousadia”. Para Ferreira, essa nova denominação pode ser vista como uma tentativa de legitimar as ações do grupo, anteriormente conhecido por supostamente disseminar desinformação e ataques virtuais.
O parlamentar também abordou a questão das “invasões e depredações”, que, em sua visão, agora são classificadas como “luta por direitos”. Ferreira insinua que essa reclassificação minimiza atos de vandalismo e ocupação de propriedades, justificando-os sob a ótica de reivindicações de direitos.
Além disso, Ferreira mencionou o caso das “rachadinhas”, esquema em que funcionários devolvem parte de seus salários a políticos, afirmando que esse tipo de corrupção não é mais considerado tão revoltante. Ele sugere que há uma hipocrisia ou seletividade no tratamento dessas questões, dependendo de quem está envolvido.
No entanto, o ponto central de sua postagem foi a preocupação com o avanço da “extrema direita”. Ferreira criticou o foco excessivo da sociedade e da mídia nesse fenômeno, insinuando que outras questões graves estão sendo reclassificadas ou tratadas de maneira mais branda, enquanto a ameaça da extrema direita é exagerada ou mal interpretada.