“Dissolução: aposta extrema”, o Libération destaca o resultado histórico da direita francesa, que conquistou 31,5% dos votos nas eleições europeias, seguido pela dissolução da Assembleia Nacional da França como um “terremoto duplo”. O jornal afirma que o partido Reunião Nacional (RN), liderado por Marine Le Pen e Jordan Bardella, agora se firma como a principal força política na França.
Para o Le Monde, a decisão de dissolver a Assembleia é uma aposta de alto risco do presidente Macron. A operação, planejada há seis meses em segredo, permite a Macron relançar seu mandato, mas mergulha o governo em uma profunda desordem.
O jovem primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, mal assumiu o cargo e já enfrenta a possibilidade de deixá-lo, juntamente com os outros membros do governo, para voltar à campanha eleitoral. Segundo o canal francês BFM TV, Attal tentou dissuadir Macron de dissolver a Assembleia Nacional, chegando até a colocar seu cargo à disposição.
Le Figaro descreve a noite das eleições como uma reviravolta. Com sua decisão, Macron mergulhou inesperadamente a paisagem política e a nação no desconhecido. A jogada do presidente é considerada extremamente arriscada, já que a líder da extrema direita, Marine Le Pen, pode sair vencedora em várias regiões. Os prazos para a votação, 30 de junho e 7 de julho, são curtos, o que torna a situação ainda mais desafiadora. Em caso de vitória de seu partido, a jogada de Macron será vista como genial, mas em caso de derrota, o fim de seu mandato será ainda mais decadente.