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sexta-feira, 4 outubro, 2024
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Horror no Paquistão: Idoso cristão morto por multidão muçulmana após falsa acusação de blasfêmia

Por Marina B.

A fatalidade que ceifou a vida de Nazeer Masih Gill, de 74 anos, após um ataque brutal de uma multidão muçulmana em Sargodha, Paquistão, provocou indignação tanto nacional quanto internacional. Nazeer foi vítima de falsas acusações de blasfêmia, resultando em sua morte após ser levado para o Hospital Militar Combinado (CMH) em Rawalpindi.

“Os médicos fizeram o máximo que puderam, mas meu pai não resistiu”, lamentou Sultan Gill, filho de Nazeer, ao Christian Daily International-Morning Star News. “Os fragmentos ósseos em seu cérebro e os coágulos sanguíneos críticos foram fatais.” O ataque ocorreu em 25 de maio, quando uma multidão de muçulmanos, instigada por uma convocação na mesquita, acusou Nazeer de profanar o Alcorão. A turba, incluindo mulheres e crianças, atirou tijolos e pedras em Nazeer, espancando-o brutalmente. “Eles continuaram a agredi-lo, mesmo enquanto ele sangrava no chão”, relatou Sultan.

Apesar da intervenção policial, a multidão persistiu no ataque, resultando em várias fraturas no crânio de Nazeer e danos graves ao cérebro. A ambulância foi danificada, dificultando ainda mais o resgate.

Sultan Gill explicou que seu pai, após mais de 30 anos de trabalho nos Emirados Árabes Unidos, retornou ao Paquistão para iniciar um negócio de calçados. Na manhã do ataque, uma multidão de 20 a 30 muçulmanos acusou Nazeer de blasfêmia. “Pedi desculpas em nome de meu pai, mas eles não deram ouvidos”, disse Sultan. A polícia deteve Nazeer, mas a multidão cresceu para centenas e o atacou violentamente. Sultan tentou intervir, mas foi impedido pela polícia. “Eles me asseguraram que salvariam meu pai, mas fracassaram”, lamentou ele.

Por questões de segurança, a família foi alojada em uma casa de hóspedes do governo. Sultan acompanhou seu pai ao CMH, onde os médicos realizaram duas cirurgias, porém sem sucesso. A família permanece em esconderijo e desconhece quando poderá retornar para casa.

“Nosso sucesso despertou inveja, e usaram a religião como pretexto para nos perseguir”, afirmou Sultan, referindo-se ao próspero negócio de calçados da família. A tragédia de Nazeer destaca a violência contra os cristãos no Paquistão, que ocupou o sétimo lugar na lista mundial de observação de 2024 da Portas Abertas, dos locais mais hostis para os cristãos. Desde a ascensão do primeiro-ministro Narendra Modi ao poder em 2014, a perseguição religiosa tem aumentado, com extremistas hindus atacando os cristãos com maior frequência.

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