A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) está pleiteando um acréscimo de R$ 2,5 bilhões no orçamento das universidades federais para o ano de 2024, elevando o total para cerca de R$ 8,5 bilhões. Esse aumento seria essencial para atenuar a defasagem atual e se aproximar do financiamento disponível em 2017.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), recentemente desconsiderou o relatório apresentado pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), alegando que ele foi prejudicado por “narrativas de polarização” e não deixou espaço para um consenso. Em resposta, Lira criou um grupo de trabalho destinado a analisar e debater o projeto de lei 2.630 de 2020, conhecido como PL das fake news, visando formular um texto mais “maduro” sobre a regulação das redes sociais.
Segundo a presidente da Andifes e reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão, o orçamento atual das universidades federais é considerado “insuficiente”. Ela destaca que a verba prevista para 2024, de R$ 6,1 bilhões, é abaixo do necessário, especialmente considerando que mais da metade desse valor já foi utilizado até o momento.
Abrahão ressalta a importância de um aumento substancial no orçamento das universidades, principalmente para garantir o funcionamento adequado das instituições ao longo do ano. Além disso, ela menciona a proposta de estabelecer um modelo de financiamento permanente para as universidades, semelhante ao adotado pelas estaduais paulistas, como uma medida essencial para garantir a sustentabilidade a longo prazo.
A posição do Ministério da Educação (MEC) enfatiza que o fortalecimento das universidades federais é uma prioridade do governo federal. No entanto, não foi fornecida uma resposta definitiva sobre a possibilidade de aumentar o orçamento deste ano.
