Recentemente, o Centro Americano para Lei e Justiça (ACLJ) mobilizou esforços através de uma petição nas redes sociais, buscando respostas do governo da Malásia sobre o paradeiro do pastor Raymond Koh. Ao longo de quase dois meses, a petição conquistou o apoio de 29.115 pessoas.
Segundo o post, “O pastor Raymond Koh está desaparecido há sete anos na Malásia, e o governo malaio não oferece esclarecimentos”. O ACLJ está agora levando o caso à ONU em defesa da liberdade do pastor. Reconhecida por sua atuação na defesa da liberdade religiosa, a ACLJ submeteu uma petição anual às Nações Unidas em 2023, destacando as violações desse direito pelo governo malaio, incluindo o caso do desaparecimento de Koh. De acordo com a Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF), em 13 de fevereiro de 2017, “Raymond Koh foi forçado a desaparecer devido à sua atividade religiosa e trabalho humanitário”.
Segundo o International Christian Concern, imagens de CCTV registraram o momento em que Koh foi sequestrado nos arredores de Kuala Lumpur, capital da Malásia. O vídeo mostra SUVs e outros veículos bloqueando o carro de Koh, enquanto homens mascarados o arrancavam de dentro do veículo e o sequestravam. Toda a ação ocorreu em apenas 40 segundos.
Antes de seu desaparecimento, Koh liderava uma organização sem fins lucrativos que auxiliava pacientes com HIV/AIDS, viciados em drogas e outros necessitados. Autoridades islâmicas investigaram a organização por suspeitas de proselitismo junto a muçulmanos para convertê-los ao cristianismo. Desde o sequestro, Koh não foi visto nem ouvido, e seu paradeiro permanece desconhecido. Há relatos não confirmados de que uma unidade especial da Força Policial Real da Malásia possa estar envolvida no sequestro. Em abril de 2019, a Comissão de Direitos Humanos da Malásia (SUHAKAM), após um ano de investigação, concluiu que Koh foi vítima de desaparecimento forçado por agentes estatais da Malásia.
Em uma entrevista ao The Voice of the Martyrs, Susanna Liew, esposa de Koh, compartilhou: “A parte mais difícil é não saber onde ele está, o que aconteceu com ele e como ele está agora.” Apesar do sofrimento, ela escolheu manter sua fé em Jesus. “Um versículo que me conforta é o Salmo 46:10: ‘Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus’. Não preciso lutar nem me esforçar, mas posso confiar que Deus está comigo, e Ele nunca me abandonará… mesmo em meio às dificuldades, percebo que Sua graça é suficiente”, afirmou Liew. A ACLJ continua a pressionar a comunidade internacional e as autoridades malaias em busca de respostas e justiça para o pastor Raymond Koh, enfatizando a importância da liberdade religiosa e dos direitos humanos.
