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quarta-feira, 9 outubro, 2024
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Caos generalizado: Servidores federais em greve ameaçam economia e meio ambiente

Por Marina B.

Os danos causados pela “operação-padrão” dos funcionários federais do setor ambiental parecem estar longe de serem amenizados. Há seis meses, os servidores suspenderam atividades em campo, como fiscalizações e vistorias, resultando no comprometimento do combate ao desmatamento, na paralisação de obras que necessitam de licenciamento e em uma série de problemas para empresas e para o próprio governo federal. Agora, anunciam uma paralisação geral para esta quarta-feira, Dia Mundial do Meio Ambiente, demandando a reestruturação da carreira e indicando uma greve para a próxima semana. A situação já preocupante pode tornar-se ainda mais alarmante.

Os grevistas buscam chamar a atenção para o que percebem como falta de interesse do governo em suas demandas. No entanto, essa aparente falta de interesse beira a complacência. O presidente Lula da Silva não dá sinais de que está disposto a negociar salários ou a promover a necessária reestruturação da carreira dos funcionários públicos. Ninguém em seu governo parece determinado o suficiente para lidar com o problema, especialmente quando servidores paralisados comprometem atividades cruciais para a economia. Lula, inclusive, já havia dado uma espécie de incentivo às paralisações ao afirmar: “Não tenho moral para falar contra greve, nasci das greves.”

A prolongada “operação-padrão” do setor ambiental, na verdade uma greve, já está mostrando seus efeitos. A redução no ritmo de trabalho resultou em uma diminuição drástica no volume de autorizações emitidas: de 180 para 69 entre janeiro e abril, em comparação com o mesmo período de 2023 e 2024. A produtividade atual está abaixo do registrado durante o governo de Jair Bolsonaro, quando os servidores do Ibama e do Instituto Chico Mendes (ICMBio) alegam que houve desmantelamento dos órgãos ambientais.

Enquanto os órgãos ambientais sofrem com o desmantelamento, a economia também é afetada. Projetos que totalizam R$ 75 bilhões em investimentos no setor de transmissão de energia elétrica estão paralisados aguardando a análise do Ibama. Termoelétricas, parques eólicos e linhas de transmissão aguardam a assinatura dos fiscais. Além disso, fabricantes de veículos automotores relatam que 50 mil carros aguardam a liberação da licença de importação. O setor público já deixou de arrecadar mais de R$ 1 bilhão, com uma queda de faturamento estimada em R$ 3,4 bilhões e novos investimentos de R$ 650 milhões parados por falta de licenciamento. Isso sem mencionar os impactos na geração de empregos e no combate aos crimes ambientais.

Enquanto o Brasil enfrenta a pressão dos servidores e a inação do governo Lula, a situação só piora. Lula escolheu o pior caminho: ignorar tanto as necessidades de infraestrutura dos órgãos ambientais, reconhecidas até mesmo pelos executivos dos setores afetados, quanto os efeitos devastadores de uma paralisação que já foi longe demais. Uma combinação de indiferença e incompetência que está custando caro ao país.

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