A recente decisão judicial em São Paulo expôs a delicada situação financeira enfrentada por João Appolinário, presidente da Polishop, reconhecido por sua participação no programa Shark Tank Brasil. Agora, ele confronta o desafio de lidar com a penhora de alguns de seus bens pessoais de alto valor, incluindo duas lanchas e uma motocicleta Harley-Davidson.
Essas medidas foram tomadas para quitar uma dívida referente ao aluguel de um espaço no shopping Tietê Plaza, em São Paulo, cobrada pela Marfim Empreendimentos Imobiliários, totalizando R$ 351,7 mil. A revelação dessa cobrança, trazida pela equipe do colunista Rogério Gentile, do UOL, expõe as dificuldades financeiras enfrentadas pela Polishop, que recentemente ingressou em processo de recuperação judicial.
Como a pandemia impactou a situação financeira da Polishop?
A Polishop, um gigante do varejo brasileiro, foi duramente atingida pelo fechamento compulsório do comércio durante a pandemia de Covid-19. Essa adversidade, somada à subsequente elevação das taxas de juros, resultou em uma dívida estimada em R$ 352 milhões, levando a empresa a iniciar o processo de recuperação judicial para reorganizar suas finanças e enfrentar o difícil contexto econômico.
Qual foi a reação de João Appolinário à decisão judicial?
Em uma tentativa de proteger seus ativos, João Appolinário buscou uma medida judicial antecipatória para suspender as ações de cobrança em andamento. Contudo, o juiz Anderson Mendes, da 9ª Vara Cível do Foro de Santo Amaro, não acatou esse argumento. Mendes ressaltou que a suspensão das execuções não resguardaria o sócio da empresa, que atuou como fiador no contrato. Assim, a ordem de penhora foi mantida, e agora o empresário deve divulgar a localização dos bens para avaliação por um perito.
Quais são os próximos passos para Appolinário e a Polishop?
A Polishop segue em seu processo de recuperação judicial, buscando maneiras de reestruturar suas dívidas e encontrar uma rota sustentável para o futuro;
João Appolinário tem a opção de recorrer da decisão de penhora, mas também deve indicar o paradeiro dos bens penhorados para avaliação.
Considera-se a possibilidade de venda dos bens penhorados para liquidar a dívida com a Marfim Empreendimentos Imobiliários, caso outras tentativas de acordo não tenham êxito.
Este episódio ressalta os desafios enfrentados pelos empresários durante crises econômicas e como decisões e garantias anteriores, como a atuação como fiador, podem acarretar consequências significativas. Agora, aguarda-se o desenrolar dos próximos capítulos desse caso, que envolve intricadas questões de direito empresarial e finanças pessoais, com grande relevância para o mercado empresarial brasileiro.