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quinta-feira, 10 outubro, 2024
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Especialistas descartam novo corte da Selic em meio a projeções de inflação em alta

Por Marina B.

As expectativas de um novo corte da taxa básica de juros do país, a Selic, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) nos dias 18 e 19 de junho estão desmoronando rapidamente entre os especialistas. O Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (3/6), trouxe novas projeções de avanço do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2024, 2025 e 2026, lançando dúvidas sobre a possibilidade de um novo corte.

O economista André Braz, coordenador dos índices de preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), é um dos especialistas que não acredita em uma nova redução da Selic neste mês. Ele aponta diversas incertezas no cenário econômico, como questões fiscais, persistência da inflação nos Estados Unidos e o impacto negativo da recente tragédia no Rio Grande do Sul sobre os preços dos alimentos, como fatores que devem impedir um novo corte.

Braz sugere que o Banco Central adote uma postura cautelosa e observe os desdobramentos do cenário econômico antes de tomar qualquer decisão sobre a Selic. Ele ressalta a importância de acompanhar os índices de inflação não apenas de maio, mas também de junho, para obter uma visão mais clara dos efeitos das chuvas na agricultura no Sul do país.

Marcelo Kfoury Muinhos, coordenador do MacroLab da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EESP), destaca o ambiente de incertezas no cenário econômico doméstico, especialmente em relação à troca do presidente do BC no final deste ano. Muinhos menciona também o racha na última reunião do Copom como um fator que contribui para a incerteza no mercado em relação à política monetária futura.

Gustavo Bertotti, economista-chefe da Messem Investimentos, destaca que o mercado vem aumentando a estimativa da inflação para 2024 nas últimas quatro semanas, refletindo um piora no balanço de riscos, tanto internos quanto externos. Ele acredita que o BC adotará uma postura mais cautelosa na próxima reunião e não deve cortar a Selic, para evitar erros na condução da política monetária.

Emerson Marçal, coordenador do Centros de Macroeconomia Aplicada da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EESP), observa que o momento econômico impõe desafios, com o medo de que o BC demore para trazer a inflação de volta à meta. Ele destaca as projeções de inflação do IPCA para 2024, 2025 e 2026, que indicam uma tendência de alta nas últimas semanas.

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