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quarta-feira, 9 outubro, 2024
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Ministro acusa Guiana de roubo de petróleo: ‘Chupando de canudinho’

Por Marina B.

A Embaixada da Guiana no Brasil solicitou oficialmente esclarecimentos do governo brasileiro, sobre as acusações feitas pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Na semana passada, Silveira afirmou que a Guiana estaria “chupando de canudinho” reservas de petróleo pertencentes ao Brasil.

“A Embaixada já pediu oficialmente um esclarecimento do Governo Brasileiro, sobre as palavras lamentáveis do Ministro de Minas e Energia”, disse Vernon Robinson, encarregado de negócios da Guiana no Brasil, em nota enviada à Gazeta do Povo. “Quero reiterar que, apesar disso, o Brasil é um parceiro importante para a Guiana em todas as esferas internacionais”, complementou o diplomata.

Na última segunda-feira (27), Silveira afirmou que a Guiana estaria explorando petróleo na divisa com o Brasil. Ele expressou preocupação com a demora do Brasil em explorar petróleo no subsolo marinho da Margem Equatorial, na costa norte do país. A Petrobras possui blocos na região, mas o Ibama negou a licença ambiental para a exploração.

“Nossos irmãos da Guiana estão chupando de canudinho as riquezas do Brasil, estão explorando na divisa, em um bloco adquirido no governo Dilma [Rousseff, PT]. Não podemos desrespeitar contratos. É direito do povo brasileiro conhecer suas riquezas”, disse o ministro durante uma reunião de trabalho do G20 em Belo Horizonte.

Uma reportagem da Gazeta do Povo apontou que a fala do ministro é infundada. Nas águas da Margem Equatorial, quem faz fronteira com o Brasil é a Guiana Francesa, um departamento ultramarino da França que não produz petróleo. Mais a oeste está o Suriname e, só então, a Guiana “petroleira”, que faz fronteira com o Brasil apenas em terra, nas regiões de Roraima e Pará, onde não há atividade petrolífera.

O Ministério de Minas e Energia estima que a Margem Equatorial brasileira possui jazidas de aproximadamente 10 bilhões de barris de petróleo “recuperáveis” – ou seja, viáveis do ponto de vista comercial –, que poderiam gerar cerca de R$ 1 trilhão para os cofres públicos.

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