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domingo, 24 novembro, 2024
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Israel apoia plano de Biden para Gaza: Cessar-fogo em troca de reféns

Por Marina B.

Entrevistado pelo jornal britânico Sunday Times, cuja matéria foi publicada no domingo (2) pelo jornal israelense The Times of Israel, Ophir Falk, assessor de política externa do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou que Israel concorda com os termos gerais do acordo proposto pelo presidente dos EUA, Joe Biden, que prevê uma trégua em Gaza, incluindo a libertação de reféns, seguida por um cessar-fogo total na região.

Falk ressaltou, no entanto, que “existem muitos detalhes a serem trabalhados” no acordo e que “não haverá um cessar-fogo permanente até que todos os nossos objetivos sejam alcançados”, incluindo a eliminação total do grupo terrorista Hamas, governante do enclave palestino, que Falk descreveu como uma “organização terrorista genocida”.

“Não é um acordo ideal, mas estamos ansiosos pela libertação de todos os reféns”, disse Falk.

A proposta de Biden, revelada na sexta-feira (31), envolve uma trégua em Gaza em troca da libertação dos reféns mantidos pelo Hamas desde o ataque terrorista contra Israel em outubro de 2023.

Essa proposta já foi transmitida ao Hamas pelo Catar, mediador do conflito, e Biden pediu ao grupo terrorista que concorde com os termos.

De acordo com Biden, o acordo tem como objetivo “trazer todos os reféns de volta para casa, garantir a segurança de Israel e criar um futuro melhor em Gaza, sem o Hamas no poder, além de estabelecer as bases para um acordo político que ofereça um futuro melhor para israelenses e palestinos”. No entanto, o presidente americano não especificou como o Hamas seria removido do poder.

O plano de Biden é dividido em três fases: uma trégua de seis semanas, durante a qual as forças israelenses se retirariam de “todas as áreas povoadas” de Gaza. Durante essa fase, alguns reféns, incluindo idosos e mulheres, seriam libertados em troca de centenas de prisioneiros palestinos, e civis palestinos retornariam às suas casas enquanto 600 caminhões diários levariam ajuda humanitária à região palestina. Na segunda fase, de duração indeterminada, Hamas e Israel negociariam os termos de um fim permanente das hostilidades, com a possibilidade de extensão do cessar-fogo enquanto as negociações prosseguissem, nesta, todos os reféns restantes seriam libertados. A terceira fase envolveria um grande plano de reconstrução para Gaza.

O governo israelense estima que atualmente 121 reféns sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 ainda estejam em Gaza, mas nem todos estejam vivos.

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