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segunda-feira, 25 novembro, 2024
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A queda da inflação e seus impactos na vida dos argentinos

Por Marina B.

A “guerra contra a inflação” anunciada pelo presidente Javier Milei durante sua campanha eleitoral, começa a mostrar resultados nos primeiros quatro meses e meio de governo. Segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC), a inflação de abril de 2024 foi de 8,8%, marcando o quarto mês consecutivo de queda após o pico de 25,5% em dezembro de 2023.

O presidente celebrou o resultado, que ficou abaixo de dois dígitos pela primeira vez desde outubro. “Estamos vencendo a inflação”, disse Milei pouco antes da divulgação dos dados oficiais.

“O índice inflacionário está despencando e sua extinção está próxima”, afirmou o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, em sua conta no X (antigo Twitter).

Durante a conferência de imprensa na Casa Rosada, Adorni destacou a importância da inflação subjacente de 6,3% e dos alimentos em 6%, pois esses números afetam principalmente a “cesta básica das pessoas com menos recursos”.

A promessa de Milei de reduzir a inflação foi crucial para sua vitória eleitoral. Quando assumiu o cargo em dezembro de 2023, a inflação estava em 25,5%. Em janeiro, houve uma significativa redução para 20,6%, em fevereiro caiu para 13,2% e em março para 11%.

De acordo com o economista argentino Pedro Lucaccini, “a queda da inflação deve-se a dois fatores: a redução dos agregados monetários, diminuindo o poder de compra do dinheiro, o que ajudou a conter os aumentos de preços; e a manutenção de uma taxa de câmbio relativamente estável, desvalorizando apenas 2% ao mês, contribuindo para a queda sustentada da inflação”.

Lucaccini acredita que esses resultados só foram possíveis devido ao “controle dos agregados monetários, a eliminação do déficit fiscal e seu financiamento monetário, e a manutenção de uma taxa de câmbio quase fixa (aumentando apenas 2% ao mês, bem abaixo da inflação), além de adiar aumentos nas tarifas de serviços como eletricidade, gás e transporte”.

Estima-se que a inflação continue caindo. A Pesquisa de Expectativas de Mercado (REM), do Banco Central da Argentina, previu uma inflação de 9% para abril. Consultorias indicam que os dados preliminares de maio sugerem uma inflação de 5%, mantendo a tendência de desaceleração após os 8,8% de abril.

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