Apesar de ser nomeado para liderar a Secretaria de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, ex-colaboradores do ministro da Propaganda acreditam que, na verdade, Lula (PT) tinha a intenção de afastar Paulo Pimenta de suas responsabilidades originais, devido à sua dificuldade em promover as ações do governo. Essa prática já havia sido observada anteriormente com Márcio França, que foi transferido do Ministério de Portos e Aeroportos para o de Pequena Empresa, um setor de pouca relevância e sem orçamento.
É importante notar que o novo cargo do ministro não possui um orçamento definido, operando de maneira semelhante a uma ouvidoria, apenas recebendo e encaminhando demandas.
Ao estabelecer essa secretaria para isolar Paulo Pimenta no Sul e removê-lo da pasta da Propaganda, Lula disponibilizou apenas uma estrutura modesta, com apenas dez cargos.
Apesar do alvoroço em torno disso, quem realmente determina as ações a serem realizadas e os recursos a serem alocados é Rui Costa, o ministro da Casa Civil.
Além disso, a nova pasta tem um prazo de validade definido, encerrando suas atividades dois meses após o fim do Estado de calamidade, o que coincide com a proximidade das eleições para as presidências da Câmara e do Senado.