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quinta-feira, 10 outubro, 2024
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O oportunismo de Lula: Cria secretaria e promete liberar voucher de RS 5,1 para 200 mil famílias desabrigadas no RS

Por Marina B.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está empenhado em garantir o crédito pelas ações de socorro e reconstrução no Rio Grande do Sul, afetado por enchentes históricas. Segundo analistas consultados pela reportagem, medidas como a criação da Secretaria Extraordinária da Presidência da República de Apoio à Reconstrução e a distribuição de vouchers de R$ 5,1 mil para 200 mil famílias, tem como único objetivo: melhorar a popularidade do presidente, que vem despencado a passos largos a cada semana e aumentar as chances do PT nas eleições no estado.

Lula anunciou as novas medidas durante uma visita a São Leopoldo, uma das cidades afetadas, nesta quarta-feira (15). Ele oficializou a criação da Secretaria da Reconstrução, liderada por Paulo Pimenta, um potencial candidato ao governo do Rio Grande do Sul em 2026. A nova pasta atuará como intermediária entre o Executivo federal e o governo estadual, além de ser responsável por anunciar oficialmente as ações e ajudas para a reconstrução das áreas atingidas. Com essa atitude, Lula e Pimenta colocaram de lado o governador Eduardo leite.
O governador sequer fora consultado sobre a criação da pasta, o que aumenta a tensão entre o PSDB e o PT. No evento festivo e nada apropriado para o momento, que parecia um comício, entre risos, aplausos e muitos confetes, Leite se mostrou bastante incomodado em ver a sua autonomia, a de alguém que foi eleito pelo povo gaúcho, ser substituída em uma canetada por alguém que quer ser governador e que agora vai governar o estado antes mesmo de concorrer ao pleito. Tudo graças a desgraça que se abateu sobre o RS, acrescido pelo oportunismo do presidente da república.

Os vouchers, que totalizam R$ 1,6 bilhão, ajudarão famílias afetadas a comprar camas, fogões e geladeiras. Além disso, o governo Lula já havia anunciado a destinação de R$ 12 bilhões para ações emergenciais e R$ 7,7 bilhões para antecipação de benefícios e concessão de créditos às pessoas das áreas afetadas. Ou seja vai apenas pagar um povo antes, o que teria que pagar mais à frente e vai emprestar um montante a empresas, que terão que devolver o empréstimo, pagando não se sabe como e nem com que taxa de juros.
O governo também estimou que os R$ 7,7 bilhões poderiam gerar um impacto de mais de R$ 50 bilhões na economia do estado.
Esse cálculo teria sido efetuado pelo ministério da fazenda? Teria sido de lá também, que o valor de R$5,1, será o suficiente para comprar, camas, fogão e geladeira? Não é o que o valor de mercado demostra.

De acordo com Érico Oyama, consultor da BMJ Consultores Associados, a criação de uma nova pasta centralizando as ações do governo federal pode ser vista como uma tentativa do Planalto de reivindicar protagonismo no apoio aos municípios gaúchos.

“Mostrar agilidade nas ações e centralizar essas medidas traz protagonismo para reforçar a tentativa de melhorar a popularidade de Lula”, avalia Oyama. “Diante das dificuldades fiscais e financeiras do estado, é uma oportunidade para o governo federal mostrar liderança.”

A criação da nova pasta tem sido contestada por opositores e aliados, que argumentam que a coordenação poderia ser feita por ministérios já existentes, como o da Integração e do Desenvolvimento Regional ou o do Desenvolvimento e Assistência Social.

A nomeação de Paulo Pimenta, ex-secretário de Comunicação e possível candidato ao governo do Rio Grande do Sul, foi vista como uma politização da tragédia.

O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) criticou a decisão, chamando-a de “uma violência contra a federação” e acusando o governo de tentar criar um “estado paralelo”.

Pimenta, um dos principais aliados de Lula, já vinha sendo cotado para deixar a Secretaria de Comunicação, que enfrentava críticas pela queda na popularidade do presidente. A transferência de Pimenta estaria ajudando a resolver outro problema de Lula, que era de como tirá-lo da secretaria.

Paulo Calmon, professor e cientista político, afirma que o novo secretário da Reconstrução deve focar no socorro ao estado e não em política. “O desafio é agir imparcialmente e tratar a reconstrução como uma política de Estado, não como uma tarefa do PT.”

A criação da Secretaria da Reconstrução visa evitar conflitos entre ministros e melhorar a percepção pública das ações federais. Recentemente, o presidente convocou uma reunião ministerial para cobrar melhor coordenação e comunicação dos ministros após críticas à atuação do governo na crise.

A popularidade de Lula tem caído desde o início de seu terceiro mandato, e analistas apontam que seu discurso radical tem polarizado ainda mais a população. Apesar dos bilhões destinados ao Rio Grande do Sul, o presidente tem se incomodado com a falta de repercussão positiva dessas ações. Vale lembrar que nas enchentes de setembro de 2023, Lula prometeu 500 milhões de reais e não pagou 300 milhões.

Durante o evento em São Leopoldo, Lula criticou as fake news e afirmou que “esse tipo de gente, mais dia, menos dia, vai ser banido da política brasileira”. Paulo Calmon avalia que centralizar a comunicação das ações pode ajudar Lula a evitar “erros de comunicação ou de interpretação”.

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