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quinta-feira, 10 outubro, 2024
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Guerra comercial na Europa? Hungria e China reforçam laços econômicos

Por Marina B.

Soldados húngaros a cavalo montaram guarda ao lado do presidente Tamas Sulyok para receber calorosamente o presidente chinês, Xi Jinping, no deslumbrante Castelo de Buda, em Budapeste, nesta quinta-feira (9), marcando a terceira e última parada da primeira visita europeia de Xi em cinco anos.

Sob a liderança do primeiro-ministro de direita, Viktor Orban, a Hungria emergiu como um importante parceiro comercial e de investimento para a China, em contraste com alguns outros países da UE que estão ponderando reduzir sua dependência da segunda maior economia do mundo.

Xi chegou a Budapeste na noite de quarta-feira
(8), após visitas à França e à Sérvia. Em Paris, o presidente Emmanuel Macron e a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, pressionaram por um comércio mais equilibrado com a Europa e instaram Xi a usar sua influência sobre a Rússia para resolver a guerra na Ucrânia.

Em um artigo publicado na quarta-feira no jornal pró-governo Magyar Nemzet, Xi escreveu que havia “cultivado amizades profundas” com políticos húngaros, destacando que a Hungria era “o principal alvo na região da Europa Central e Oriental para o investimento chinês”.

Xi está programado para se reunir com Orban no final do dia, com a guerra na Ucrânia e projetos de infraestrutura dominando a agenda. Um comunicado à imprensa está previsto para as 15h30 GMT.

No 75º ano de relações diplomáticas entre Hungria e China, espera-se que os dois países assinem entre 16 e 18 novos acordos de cooperação, incluindo possíveis projetos de infraestrutura dentro da vasta iniciativa do Cinturão e Rota da China, informou o ministro das Relações Exteriores, Peter Szijjarto.

Embora os relatos da mídia tenham sugerido que Xi e Orban poderiam viajar para a cidade de Pecs para anunciar novos investimentos, Szijjarto negou esses rumores, embora tenha confirmado que “negociações estão em andamento com grandes empresas chinesas sobre novos investimentos”.

Orban estreitou os laços entre a Hungria e Pequim desde que assumiu o poder em 2010. Essas relações políticas calorosas evoluíram para investimentos, especialmente no setor de veículos elétricos, com empresas chinesas estabelecendo fábricas no país.

A China começou a trazer a produção de baterias para a Europa para reduzir custos de transporte, enquanto o próximo passo é a produção local de veículos elétricos chineses na Hungria, contornando as políticas protecionistas da UE.

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