Conversações no Cairo terminaram sem acordo. O Hamas insiste em cessar-fogo permanente, acusando o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de sabotagem por propor apenas uma suspensão temporária das hostilidades. Rafah está cercada por tanques israelenses.
Tanques e tropas israelenses foram avistados perto da fronteira com Gaza, sugerindo a possibilidade iminente de uma grande ofensiva terrestre em Rafah. Israel planeja há semanas uma incursão terrestre na cidade do sul do enclave palestino, onde reside mais da metade da população de Gaza.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enfrenta pressão interna para lançar a ofensiva e eliminar os batalhões do Hamas que, segundo Israel, estão concentrados na área. No entanto, esses planos têm sido criticados por grupos de direitos humanos e líderes mundiais, incluindo os Estados Unidos.
De acordo com o The Times of Israel, as Forças de Defesa de Israel estão pedindo aos palestinos que evacuem os bairros orientais de Rafah, mais próximos da fronteira com Israel, antes da ofensiva planejada no sul de Gaza. Civis estão sendo orientados a se deslocar para uma zona humanitária em al-Mawasi e Khan Younis.
“Hoje, enfrentamos novamente inimigos determinados a nos destruir. Digo aos líderes mundiais que nenhuma pressão ou decisão internacional nos impedirá de nos defender”, declarou Netanyahu durante uma cerimônia em Jerusalém, no Dia da Memória do Holocausto.
“Se Israel tiver que se defender sozinho, assim o faremos. Mas sabemos que não estamos sozinhos, pois inúmeras pessoas decentes em todo o mundo apoiam nossa causa justa. Derrotaremos nossos inimigos genocidas. Nunca mais é agora”, acrescentou Netanyahu.
Um ataque do Hamas resultou na morte de soldados israelenses. As negociações de tréguas entre Israel e o Hamas no Cairo terminaram sem acordo. O Hamas rejeitou a proposta israelense de suspensão das hostilidades por 40 dias e uma troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos. As tensões permanecem altas, com indicativos de uma iminente operação militar em Rafah e em toda a Faixa de Gaza.
