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sábado, 12 outubro, 2024
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Escândalo no Palácio: Pacheco alerta Lula sobre três grandes problemas

Por Marina B.

Na conversa privada que ocorreu nesta quinta-feira (2), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), expressou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, três preocupações centrais. Primeiramente, discutiu-se a tentativa do governo de reonerar a folha de pagamento dos municípios; em segundo lugar, abordou-se o esforço da equipe econômica para aumentar a alíquota da contribuição previdenciária de 17 setores da economia; por fim, tratou-se da renegociação da dívida dos Estados.

Durante o encontro no Palácio da Alvorada, Pacheco ressaltou a importância de os ministros e líderes do governo considerarem não apenas o aspecto fiscal, mas também o componente político desses projetos. Ele destacou a necessidade de soluções rápidas para essas questões, já que a falta de resolução impacta diretamente nas relações entre o governo, o Congresso, prefeitos, governadores e empresários, podendo inclusive ter reflexos negativos nas eleições municipais de outubro.

Pacheco compartilhou com Lula que tem ouvido queixas de diversos setores, incluindo empregadores, municípios e Estados, que relatam dificuldades financeiras e preocupações com os impactos das medidas propostas, especialmente no que diz respeito ao aumento da alíquota de contribuição previdenciária.

Em relação à prorrogação da desoneração da folha de pagamento, Pacheco mencionou a suspensão de trechos da lei pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, a pedido de Lula, como uma estratégia do governo para demonstrar responsabilidade fiscal. O julgamento da ação foi interrompido por um pedido de vista do ministro Luiz Fux, e Pacheco recorreu à própria Corte.

Lula apresentou o ponto de vista do governo, reconhecendo as dificuldades econômicas, mas se comprometeu a priorizar as questões discutidas na reunião. Ele destacou a importância do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nas negociações e expressou seu empenho em buscar um entendimento. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), destacou que não há problemas insuperáveis e ressaltou a importância da convivência entre as partes.

A primeira parte da reunião foi entre Lula e Pacheco e durou aproximadamente uma hora. Depois, juntaram-se a eles ministros e senadores para discutir os temas abordados.

Quanto à ação no STF, há uma tendência de que o governo seja favorecido e consiga reonerar a folha de pagamento de setores produtivos e municípios de menor porte. Se Haddad sair vitorioso, está sendo considerada uma alternativa para evitar mais desgaste ao governo nas próximas votações, como a do dia 9, quando o Congresso analisará vetos presidenciais.

A dívida dos Estados, principalmente a de Minas Gerais, também foi discutida na reunião. Lula se comprometeu a resolver essa situação, e Pacheco saiu confiante de que os obstáculos serão superados. Apesar das divergências, o senador afirmou que não há atritos com o presidente, apesar de algumas atitudes gerarem desconfiança.

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