Uma mãe expressou sua indignação ao descobrir que o livro “Pequeno Manual Antirracista”, escrito pela filósofa Djamila Ribeiro, está sendo utilizado nas aulas de religião do Colégio Antônio Vieira, localizado no bairro do Garcia, em Salvador. Em uma publicação no Instagram, ela destacou que a autora é candomblecista, levantando questionamentos sobre a adequação do material para o contexto religioso. Alunos relataram que as aulas abordam temas como amor, aceitação e compaixão, e que o combate ao racismo, considerado crime desde 1989, é apresentado no livro como um exemplo de conduta cristã. Djamila também se pronunciou sobre o assunto.
A escritora expressou que o incidente reflete uma suposta tendência de perseguição religiosa, destacando que esse tipo de discriminação é sancionado como crime e se enraíza em estruturas profundas da sociedade. Ele salientou que os pais dos estudantes dessa instituição educacional deveriam reconhecer o uso do livro como uma decisão louvável, visto que o racismo é uma ofensa que viola a lei. Além disso, ressaltou que uma abordagem educacional voltada para combater o racismo poderia prevenir potenciais comportamentos ilícitos por parte dos alunos, aliviando seus pais de possíveis encargos legais.
é fundamental reconhecer que a preocupação da mãe em relação ao livro utilizado nas aulas de religião de seus filhos é válida. Como responsáveis pela formação e valores de suas famílias, os pais têm o direito legítimo de questionar o conteúdo educacional oferecido aos seus filhos, especialmente quando se trata de questões sensíveis, como religião e moralidade. Nesse sentido, a escolha de materiais que respeitem as convicções e crenças dos alunos, assim como as preferências dos pais, é essencial para promover um ambiente educacional inclusivo e respeitoso. Portanto, é pertinente que as instituições de ensino considerem as preocupações dos pais e busquem alternativas que atendam às necessidades de toda a comunidade escolar.