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sexta-feira, 29 novembro, 2024
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Escândalo de R$ 16,1 milhões: Contrato de reboque de veículos gera polêmica

Por Marina B.

O contrato de R$ 16,1 milhões entre o Detro e o Consórcio Rio Parking Carioca para serviços de remoção e guarda de veículos rebocados pode enfrentar escrutínio no Tribunal de Contas do Estado (TCE). Parlamentares na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) criticaram a contratação durante a sessão de quinta-feira (18), anunciando planos de denunciar ao TCE e defendendo a extinção do Departamento de Transportes Rodoviários do estado.

O deputado Filippe Poubel (PL) declarou que apresentará uma denúncia ao TCE buscando o cancelamento do contrato de R$ 16 milhões. “O Detro é utilizado como instrumento pela máfia dos reboques para atormentar cidadãos honestos. Não vemos a fiscalização de ônibus sucateados e com pneus carecas. É uma vergonha o governo Cláudio Castro alimentar essa máfia. O Detro deveria ser abolido”, afirmou Poubel.

O deputado veterano Luiz Paulo (PSD) endossou as críticas, sugerindo não apenas uma auditoria no Detro, mas também questionando a necessidade de sua existência diante da presença da Agetransp, responsável pela regulação dos serviços de transporte. “Se o deputado Poubel formular uma denúncia à CCJ, aprovaremos uma auditoria no TCE, pois o Detro não pode servir de base para uma máfia de reboques. O Detro deveria ter sido encerrado com a criação da agência reguladora, que deve fiscalizar as concessões dos modais. É um desperdício ter tanto a Agetransp quanto o Detro”, criticou Luiz Paulo, destacando o déficit previsto de R$ 13 bilhões para 2025.

O contrato entre o Detro e o Consórcio Rio Parking Carioca foi publicado no Diário Oficial de quinta-feira (18). O consórcio, composto pela TCR Construtora Eirelli e APL Administração de Pátios e Leilões Ltda, é encarregado dos serviços. A APL já era responsável pela administração dos pátios de veículos apreendidos e pelos leilões dos recuperados antes da suspensão do serviço no ano passado, após pressão da Alerj. A contratação do consórcio não implica custos para o estado, uma vez que são os proprietários que arcam com as despesas para recuperar os veículos rebocados e enviados ao depósito.

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