As relações no Supremo Tribunal Federal (STF) estão tensas devido a conflitos entre o presidente da corte, Luís Roberto Barroso, e seus colegas Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes durante julgamentos recentes. Esses embates ameaçam a capacidade de Barroso em liderar o tribunal de forma eficaz.
Barroso teve vitórias sobre Moraes em casos relacionados à revisão da vida toda para aposentadorias e sobras eleitorais que poderiam impactar a composição da Câmara dos Deputados. Já o desentendimento com Gilmar ocorreu quando Barroso interrompeu um julgamento sobre ampliação do foro especial, irritando o colega.
O clima azedou ainda mais quando Moraes se sentiu manobrado nos bastidores por Barroso, que teria influenciado o voto do ministro Luiz Fux em um julgamento crucial. Posteriormente, Barroso reverteu uma decisão anterior de Moraes sobre cálculo de aposentadorias, o que gerou tensão entre eles.
Além disso, Barroso pediu mais tempo para analisar um caso, mas Moraes adiantou seu voto, contrariando a prática comum. Esse atrito também refletiu na discussão sobre ampliação do foro especial.
Os embates não são novos, já que Barroso e Gilmar tiveram confrontos públicos no passado. No entanto, durante o governo Bolsonaro, eles se aproximaram em defesa do STF. A posse de Barroso como presidente do tribunal sinalizou uma reconciliação, mas os recentes desentendimentos mostram que as tensões persistem.
Em resposta, Barroso enfatizou que divergências são normais em um colegiado e que sua relação com todos os ministros é de harmonia e afeto.