Nenhum dos aliados do governo acredita na permanência do veto de Lula (PT), para manter uma das regalias da criminalidade, que se utiliza das saídas temporárias, ou “saidinhas”, para perpetrar novos delitos. Diante da iminente derrota, o governo designou Randolfe Rodrigues (AP) para persuadir o aliado Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a retirar a votação do veto da agenda da próxima sessão do Congresso, prevista para esta semana. A intenção dessa manobra é ganhar tempo, mesmo que isso acarrete o engavetamento da pauta.
O relógio está correndo
Embora a pauta ainda não esteja definida, os líderes de bancada estão pressionando Pacheco para que o veto seja incluído na agenda desta semana, sem falta.
Adiamento em vista
Randolfe continuará argumentando que, por ser um veto recente, ele não trava a pauta. O governo busca diminuir a tensão na Câmara antes da votação.
Racha pessoal
O Palácio do Planalto percebeu que a oportunidade de negociar o veto, se dissipou após o atrito entre Arthur Lira (presidente da Câmara) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais).
Substituição necessária
Padilha foi afastado das negociações sobre o assunto na Câmara. Essa função agora é desempenhada pelo líder de Lula, José Guimarães (PT-CE).