O segundo dia do processo criminal envolvendo Donald Trump teve início nesta terça-feira (16), com foco na seleção dos jurados. Inicialmente, 96 potenciais jurados compareceram ao tribunal, sendo questionados pelo juiz sobre sua capacidade de serem imparciais ao julgar o ex-presidente. Cerca de metade foi dispensada por não se considerarem imparciais, enquanto outros 9 foram liberados por motivos não especificados.
Caso não seja possível selecionar os 12 jurados e 6 reservas entre os 96 iniciais, um grupo adicional de 500 pessoas será convocado para o processo seletivo.
Os jurados serão encarregados de decidir se Trump cometeu um crime ao ocultar contabilmente os US$ 130 mil que pagou à atriz Stormy Daniels em 2016, supostamente para silenciar sobre um caso extraconjugal durante as eleições presidenciais. Trump nega o relacionamento com Daniels.
No primeiro dia, nenhum jurado foi selecionado, continuando o processo de seleção no dia seguinte. O juiz Merchan enfatizou a importância da imparcialidade dos jurados, instruindo-os a basear sua decisão nas evidências e na lei, deixando de lado quaisquer sentimentos pessoais em relação a Trump.
Os candidatos foram questionados sobre seus interesses, fontes de informação e opiniões sobre Trump. Os jurados serão identificados por números para manter suas identidades em sigilo, exceto para promotores, Trump e sua defesa.
Trump alega que o processo é uma perseguição política, enquanto sua defesa tentou mudar a jurisdição do caso, sem sucesso. O juiz recusou a solicitação de exibir um vídeo de 2005 em que Trump fazia comentários controversos sobre mulheres.