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quinta-feira, 10 outubro, 2024
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Gleisi Hoffmann: Defensora do desenvolvimento chinês ou apologista da ditadura?

Por Marina B.

A defesa da ditadura merece censura e bloqueio nas redes sociais? Se sim, como deveríamos reagir aos comentários da presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, sobre o regime autoritário da China, país que recentemente visitou? Lá, Hoffmann enalteceu apenas o desenvolvimento e a prosperidade, desafiando críticos, especialmente do agronegócio e do setor mineral, a cortar relações comerciais com a gigante asiática.

“Hoffmann afirmou ter visto na China uma sociedade próspera em crescimento, inclusiva e influente no mundo, destacando os investimentos em indústria, infraestrutura e tecnologia”, escreveu, em tom quase fervoroso, utilizando justamente a plataforma”X” de Elon Musk, que é proibida na China. No entanto, é evidente que sua opinião foi parcial. Pois sabe muito bem sobre às políticas de repressão a minorias como os uigures, denunciadas pela Comissão de Direitos Humanos da ONU. Sabe que os prisioneiros políticos na China são estimados em 48,7 mil, um número que provavelmente seria negado pelas autoridades oficiais.

Contudo, para Hoffmann, tudo isso parece ser relativizado diante do rápido desenvolvimento da China nas últimas quatro décadas. A questão que permanece é se o sucesso econômico justifica ou perdoa a violência. Isso se aplicaria também ao regime do chileno Augusto Pinochet, que, apesar dos assassinatos estatais, conduziu o Chile a ser o país mais rico do continente em termos per capita? Até que ponto podemos tolerar a repressão em nome do progresso?

A peculiar visão de democracia de Hoffmann, foi evidenciada novamente ao defender o ministro do STF, Alexandre de Moraes, da acusação de censura. Para ela, a maior ameaça à democracia brasileira vem do que ela chama de extrema-direita, liderada por Jair Bolsonaro, que, segundo ela, conspira com forças externas. No entanto, seria a presidente do PT tão preocupada se a ameaça à democracia viesse da esquerda? Seus elogios entusiasmados à China sugerem que não.

Essa suspeita remete à reflexão de Nietzsche sobre a subordinação dos valores aos interesses individuais e à luta pelo poder. No Brasil, vemos exemplos disso em todas as ideologias políticas. A hipocrisia tem sido o tempero que dá sabor a várias declarações e atitudes políticas, mostrando que, sem ela, as relações comerciais e políticas no mundo seriam bem diferentes. Por fim a ditadura chinesa é o grande exemplo que o PT tem como a tal democracia tão mencionada por eles.
Hoje será que a população brasileira já consegue entender, que é uma ditadura transcrita como democracia, que o PT quer implantar no Brasil?

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