O dólar apresentou um aumento de 1,19% e fechou o dia negociado a R$ 5,182 nesta segunda-feira (15), atingindo seu valor mais alto desde março de 2023.
As preocupações em relação ao aquecimento da economia americana continuam em destaque, e a moeda americana intensificou seus ganhos, chegando a alcançar R$ 5,214 no ponto mais alto da sessão, após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmar que o governo estabelecerá uma meta de resultado primário zero em 2025.
Apesar de ter iniciado o dia com uma leve queda, o dólar reverteu suas perdas após dados mostrarem um aumento muito mais significativo do que o esperado nas vendas no varejo dos Estados Unidos em março, indicando uma economia sólida no primeiro trimestre. As vendas no varejo nos EUA aumentaram 0,7% no mês passado, superando a expectativa de avanço de 0,3%.
Esses novos números provocaram um aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano, refletindo-se no fortalecimento do dólar. Durante a tarde, os títulos americanos com vencimento de dez anos passaram de 4,52% para 4,63%.
No cenário internacional, o lançamento inédito de centenas de drones e mísseis pelo Irã em direção a Israel aumentou as tensões na região do Oriente Médio, levando os investidores a buscar ativos mais seguros, como o dólar.
Embora fosse esperado que o conflito também afetasse os preços do petróleo, isso não ocorreu. O preço do petróleo Brent, referência internacional, caiu 0,80%, para US$ 89,73 por barril, no final da tarde. Enquanto isso, o petróleo West Texas Intermediate, referência dos EUA, recuou 0,30%, para US$ 85,40 por barril. Os mercados de ações também tiveram reações moderadas.
No cenário doméstico, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou pela manhã a proposta de uma meta fiscal zero para 2025, indicando uma flexibilização na política fiscal do país. Esta mudança ocorre após o compromisso anterior de alcançar um superávit de 0,5% do PIB no próximo ano. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, oscilou no início do dia, mas registrou uma queda de 0,42% após a confirmação da meta fiscal zero por parte do ministro da Fazenda, encerrando o dia aos 125.405 pontos.